Augusto César Diegoli (acdiegoli@gmail.com)
Olhares catarinenses
A vitória do republicano Donald Trump faz com que os olhares de SC se voltem para pelo menos três pilares. Mesmo distante de nós, o pleito norte-americano e as políticas públicas de lá causam um sério dominó nas Américas. Com um plano de governo cujas propostas são mais protecionistas, ou seja, que tendem a defender mais as indústrias e empresas dos EUA, economicamente o nosso Estado precisa ficar atento. Com tom nacionalista, Trump tem como foco evitar a invasão de produtos chineses. Isso pode fazer com que uma eventual taxação sobre importações também cause impacto no Brasil. Mas é como diz o ditado: enquanto uns choram, outros vendem lenços. Há oportunidades que surgem.
País sem plano
A Fundação Certi completou 40 anos. É um orgulho para Santa Catarina. Neste período, foram mais de 12 mil clientes, 2 mil projetos de inovação e tecnologia em 15 diferentes setores econômicos, mais de 60 projetos em parques e polos de inovação, cerca de 8 mil startups monitoradas e mais de 200 mil metros quadrados em ambientes de inovação. Há projetos fantásticos e que são desconhecidos de grande parte dos catarinenses, como o sistema tecnológico que identifica o melhor momento de troca dos dutos da Petrobrás no fundo do mar, reduzindo custos e riscos de vazamentos. Foram realizados muitos trabalhos e projetos fantásticos, a maioria deles grandes projetos para o Brasil, mas que acabaram na gaveta por falta de continuidade. Estamos muito aquém daquilo que podemos. O Brasil não consegue avançar pela descontinuidade e falta de foco.
Jeitinho
Quem não deve, não teme, diz o velho ditado. Isso se aplica também ao trânsito. Quem dirige na linha e na lei, não precisa temer radares. Por isso falta um propósito nobre em projeto de lei que está pronto para ser votado na Assembleia Legislativa que proíbe tais equipamentos quando móveis e operados por drones para a fiscalização da velocidade dos automóveis nas rodovias do Estado.
Evasões
O primeiro pedágio com passagem livre em São Paulo, modelo chamado de “free flow”, que está em estudo para implantação nas rodovias de SC em futuro próximo, teve cerca de 12 mil evasões (de motoristas que não pagaram a tarifa) em um mês de operação em uma praça na rodovia estadual Laurentino Mascari, que liga a cidade de São Paulo ao noroeste paulista. O número representa cerca de 8,4% do tráfego de 143 mil veículos no local. Para veículos com tags válidas, a cobrança é feita automaticamente pela operadora. Quem não tem o dispositivo colado no para-brisa tem até 30 dias para fazer o pagamento por meios disponibilizados pelos responsáveis pela rodovia.
Castigo
Quem viu, leu, ouviu e até testemunhou de perto os atos de terror em vários pontos da região metropolitana de Florianópolis dias 18 e 19 de outubro, sente certo alívio. Todos os 18 integrantes da organização criminosa responsável por aquela impagável onda de atentados, estão presos e denunciados. De cara o Ministério Público quer que os criminosos paguem R$ 1 milhão de indenização à sociedade pelos estragos que causaram, não apenas patrimoniais.
SC fica maior
Santa Catarina “ganhou” cinco quilômetros quadrados de território do Paraná. Essa ampliação ocorreu após um morador encontrar uma “falha” nas linhas que dividem as cidades de Garuva (SC) e Guaratuba (PR). A localização da divisa no mapa estava longe dos marcos originais definidos pelo Exército Brasileiro. Toda a linha que divide os dois estados foi revisada e, quinta-feira (31) o erro foi oficialmente corrigido. No fim do mês de outubro, o secretário de Estado do Planejamento de SC entregou ao secretário de Estado do Planejamento do Paraná, o relatório técnico que respalda a decisão acerca da readequação dos marcos de divisa entre PR e SC. Após estudos minuciosos de ambos os estados, os pareceres orientaram para a mesma definição territorial que existia na década de 1920. A análise técnica concluiu que a área de 490 hectares, equivalentes a 490 campos de futebol, considerada território do estado vizinho, agora vai pertencer a Santa Catarina.
Expectativa para economia global
As expectativas sobre os reflexos da vitória de Trump na questão de atração de investimentos permanecem as mesmas de antes da eleição nos EUA. Caso a nova gestão do bilionário republicano resulte em inflação nos EUA (que poderia ser decorrente de aumento nos gastos públicos ou de aumento dos preços causados pela taxação de produtos importados), o resultado poderia ser uma taxa de juros mais alta nos Estados Unidos. Por consequência, o Brasil também precisaria manter os juros elevados, para evitar um grande fluxo de investidores que optem por aportar recursos nos Estados Unidos em detrimento ao Brasil.
Cargos
Prefeitos eleitos dia 6 de outubro e que já estão montando suas equipes de governo vem enfrentando um problema: se há filas de políticos interessados nos cargos, a maioria com a pior das intenções, faltam técnicos profissionais para muitos deles. O prefeito eleito de Tubarão é um dos que tem expressado publicamente a dificuldade.
Fortunas
Sem despertar atenção maior da mídia, na última semana a Câmara dos Deputados derrubou projeto para taxação de grandes fortunas. De SC, só três deputados federais votaram a favor.
Déficit
Na apresentação do Atlas do Serviço Público de SC, elaborado pelo Departamento Intersindical de estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), um dado chamou a atenção: SC foi o único Estado do Sul do país onde o número de trabalhadores do serviço público cresceu menos que a população entre 2012 e 2022. Enquanto a população aumento 19,6%, o número de servidores cresceu apenas 9,6%.
Empreendedorismo
Se você quer ser um grande empreendedor, não poderá ter medo de correr riscos e falhar. Errará não poucas vezes. Mas este é o preço. Quem vence sem riscos triunfará sem honra.
Queda nos roubos
De janeiro a outubro deste ano, foram registrados 36 roubos em Brusque. O número representa uma queda de 42,8% em comparação aos casos de assaltos ocorridos no mesmo período em 2023, quando ocorreram 63 roubos, sendo 67 considerando o ano inteiro. Os dados foram divulgados pelo delegado regional da Polícia Civil.
Migrantes de ontem e hoje
A grande maioria, quando perguntado de onde vieram, respondem, geralmente, do Pará e da Bahia. Para algumas pessoas, isso pode surpreender. Mas, a verdade é que, desde a sua origem, Brusque tem sido uma comunidade formada por migrantes vindos de muitos lugares. No começo foram os europeus. Primeiro, só alemães. Depois chegaram poloneses e italianos. Até franceses, ingleses e irlandeses por aqui também estiveram em busca de um lugar para se estabelecer, mas não deu certo. Não gostaram de pegar no cabo da enxada ou do machado e voltaram às suas origens sem deixar saudade. Para o migrante dos dias atuais, deve ser mais fácil botar o pé na estrada rumo à cidade das fiações, das malharias, das confecções e de outras atividades econômicas, à procura de emprego e salário não oferecidos em sua terra natal. Afinal, o migrante de hoje não precisa atravessar o oceano nem aprender a língua portuguesa. E o mais importante, não é um estrangeiro, pois nasceu neste mesmo torrão nacional verde-amarelo.
Acabou
A Justiça de SC determinou o leilão dos bens da Bonato Couros, uma empresa tradicional do setor coureiro, localizado em Joaçaba, que pertenceu à família Bonato, uma das fundadoras do Grupo Perdigão. Com mais de 70 anos de atuação no mercado nacional e internacional, a indústria teve sua falência decretada em maio deste ano. O valor total dos bens ultrapassa R$ 72 milhões. Suas dívidas somam R$ 63 milhões. Até o momento, cinco empresas já se habilitaram para participar da disputa.
Invasão argentina
O Brasil já é o destino mais procurado pelos argentinos para as férias de janeiro e fevereiro de 2025, representando 50% das preferências entre os destinos internacionais preferidos por eles, segundo a operadora Decolar. O que favorece tanto é a valorização do peso argentino diante do derretimento do real.
Primeiro jornal
Há exatamente 110 anos, em 31 de outubro de 1914, o primeiro jornal da história de Brusque, o Brusquer Zeitung, foi publicado pela primeira vez em português. Fundado em 1º de janeiro de 1912, o semanário até então circulava exclusivamente em alemão. Com a transição para o novo idioma, o jornal também adotou um novo nome: Gazeta Brusquense. O Brusquer Zeitung foi idealizado (e dirigido em alemão) por Otto Gruber. Além de redator, o imigrante alemão liderou um grupo de teatro formado por meninas, entre 1910 e 1915 e presidiu a Sociedade Esportiva Bandeirante de 1913 a 1920. Há quem diga que uma cidade se conhece através do jornal que ela edita. Sendo assim, os brusquenses conhecem sua cidade, via imprensa, quando Otto publicou a primeira edição do Brusquer Zeitung. Sobre o fato de Brusque ter demorado para ter um semanário em português, a fundação de um jornal em alemão justificava-se pelo pouco conhecimento do português entre a população.
Mercados inexplorados
A imensidão territorial brasileira é causa disso. A Agência Nacional de Transporte Terrestre abriu semana passada a janela para novos pedidos de autorização de linhas de transporte rodoviário interestadual de passageiros para mercados pouco explorados ou inexplorados. Dentre os mercados desassistidos a serem disponibilizados estão a rota para São Miguel do Oeste, em SC.
Patrimônio
Pomerode contabiliza atualmente 233 casas em enxaimel (fachwerk), técnica tradicional alemã em que as estruturas de madeira são construídas sem nenhum prego ou parafuso, apenas com encaixes. O que poucos sabem é que é um dos maiores acervos neste estilo fora da Alemanha. Motivo especial para muitos alemães visitarem a cidade e saberem que se trata de patrimônio arquitetônico e paisagístico nacional, o que os deixa muito envaidecidos.
Intelbras é segurança
Fundada em 1976 por Diomício Freitas, em São José, a Intelbras está em todo lugar. Das lojinhas de bairro a grandes empresas. Da sala de casas aos bancos. As soluções da Intelbras estão por toda a parte. E, mais uma vez, ser a marca mais lembrada pelos catarinenses no segmento de eletroeletrônicos é a prova de que a proximidade é o seu talento. Por isso, a empresa planeja continuar usando sua criatividade e inteligência para desenvolver soluções e serviços de tecnologia que não só a diferenciam no mercado, mas que de fato resolvem e facilitam a vida e os negócios dos brasileiros. Por meio da Intelbras Itec, sua academia de conhecimentos, a empresa oferece em torno de 980 cursos, na sua maioria gratuitos, tanto online quanto presenciais, que capacitem desde iniciantes até profissionais experientes. Para mais informações sobre os cursos oferecidos pela Intelbras, visite o portal: cursos.intelbras.com.br.
SC e Musk
Recentemente, a nave Starship, da SpaceX, fez história ao dar ré e estacionar em sua torre de lançamento nos Estados Unidos. Um feito inédito, essencial para tornar viagens espaciais mais eficientes e baratas. Em 2000, Elon Musk esteve em Florianópolis com seu amigo Peter Diamandis. Foi aqui que começaram as conversas que levaram a criação da SpaceX. Três anos depois, a empresa nasceu com o objetivo de reduzir custos e transformar a indústria espacial. Essa conexão ficou ainda mais forte no ano passado. A multinacional catarinense Weg, maior fabricante de motores elétricos do mundo, foi escolhida pela SpaceX para fornecer os motores usados na produção de oxigênio, produto essencial para o funcionamento dos foguetes. SC não só faz parte do início dessa história, como também está ajudando a construir o futuro da exploração espacial.
Capital do Tiro
Um detalhe chama atenção na promulgação, pelo Congresso Nacional, de lei federal a Jaraguá do Sul com o título de “Capital Nacional dos Atiradores”. O título se dá porque o município tem tradição da prática do tiro esportivo, influenciada pela chegada de imigrantes alemães na segunda metade do século 19. Jaraguá do Sul é sede da Schuetzenfest ou Festa do Tiro, feita anualmente em novembro.
Fiesc
A Federação das Indústrias de SC (Fiesc) e os Institutos Senai de Inovação e de Tecnologia participarão da Semana de Inovação Suécia-Brasil, um conjunto de eventos de cooperação binacional, que deve acontecer em Florianópolis neste mês de novembro, no Sapiens Parque. Bioeconomia, ciências da saúde, cidades sustentáveis, mineração sustentável, aeronáutica e aeroespacial estão na pauta.
Soluções da Celesc
O novo sistema comercial implantado pela Celesc gerou problemas e reclamações de consumidores que possuem geração própria de energia e que não estão recebendo os créditos pela produção excedente. Pequenos e médios empresários, cooperativas, produtores rurais e usuários não estão tendo o excedente de produção creditado pela empresa de energia desde o mês de maio. Na prática não está havendo abatimento das faturas pela energia extra enviada para a rede elétrica. O impasse se ampliou ao afetar os geradores e consumidores de energia. Chamado para dar explicações na Assembleia Legislativa, o presidente da estatal prometeu dar respostas até o final do mês.
Indústria de SC
A indústria de SC foi responsável pela criação de 3,2 mil novos postos de trabalho em setembro. No acumulado do ano, o setor foi responsável por 54,5 mil vagas no estado, com o segmento da construção liderando a geração de empregos com carteira assinada (13,2 mil), seguido pelo setor têxtil de confecções, couro e calçados, 9,5 mil oportunidades criadas. Os dados são do Caged do Ministério do Trabalho. Para o presidente da Fiesc, o desempenho da indústria catarinense na geração de empregos, responsável por 42% do total de oportunidades criadas no ano, reflete o aquecimento do mercado de trabalho. O consumo das famílias tem impulsionado todos os grandes setores, principalmente a indústria e serviços. Além disso, o crescimento das exportações, especialmente em alguns segmentos industriais catarinenses, em comparação com 2023, tem estimulado novas contratações no estado.
Observatório Fiesc
Análise do Observatório Fiesc aponta que setores tradicionalmente exportadores, como de madeira e móveis e o de máquinas e equipamentos estão sendo beneficiados pelo incremento da demanda externa. No ano, o segmento de madeira e móveis acumula saldo positivo de 4,1 mil vagas. O setor automotivo também está sendo impactado positivamente pelas exportações, em conjunto com a demanda doméstica. Setores como o têxtil e de confecções, o automotivo e o de produtos químicos e plásticos, usados na fabricação de embalagens, por exemplo, estão sendo favorecidos pela alta no consumo das famílias, analisa o economista do Observatório Fiesc.
Investimentos em aeroportos
Um investimento superior a R$ 254 milhões para realizar obras e serviços em 19 aeroportos públicos no estado. Esta é a primeira meta do Plano Aeroviário de SC (Paesc) que foi entregue pela Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias ao governador do Estado. O evento na sede da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc) em Florianópolis, já que o estudo foi elaborado em conjunto com o LabTrans da UFSC, mas ouvindo empresários catarinenses. A primeira edição do Paesc aconteceu em 1989, ainda no governo Pedro Ivo, projetando 20 anos a seguir, mas caiu no esquecimento. Esta nova versão projeta as próximas duas décadas e prevê revisão a cada cinco anos, tempo considerado ideal para não ficar adormecido novamente.
Desafios para o mercado
A vitória de Trump deve provocar impactos na economia e na política internacional, com reflexos até mesmo em indústrias catarinenses. As eleições nos EUA eram consideradas importantes para a economia de SC sobretudo pelas possíveis consequências na política de importação norte-americana, um dos assuntos debatidos ao longo da campanha. Há possíveis reflexos previstos em pelo menos três aspectos, com desdobramentos no comércio exterior catarinense, na taxa de juros do país e no campo político com um fortalecimento da extrema direita. A plataforma do novo governo americano tem como uma das principais medidas, a criação de uma tarifa de 10% a 20% sobre produtos importados. A medida protecionista é vista pelo republicano como forma de proteger empresas e empregos norte-americanos. O alvo principal é a invasão de produtos chineses, mas, se implantada, a medida deve trazer reflexos globais, incluindo SC.
Sem calado
Dizem as folhas que quase metade da capacidade dos grandes navios porta-contêineres que chegam ao mercado até 2026 não pode vir para o Brasil porque não há calado (profundidade) e berços de atracação em mais da metade dos portos. Como solução, o setor cobra o governo para que sejam realizadas mais obras de dragagens como em São Francisco do Sul, onde sua autoridade portuária pretende publicar ainda neste ano o edital para alargamento e aprofundamento do acesso à Baia de Babitonga, onde estão localizados o terminal e o porto de Itapoá. Estima-se uma perda de receita anual para o país de US$ 20,6 bilhões (mais de R$ 116,5 milhões) em importações e exportações devido às restrições.
Triste liderança
Santa Catarina é o Estado com maior taxa de incidência de câncer de mama no Brasil, com 74,7 casos para cada 100 mil mulheres, de acordo com últimos dados atualizados do Ministério da Saúde.
Cervejas nos estádios
Pela lei estadual 19.020, sancionada em julho passado pelo governador de SC, a venda de cerveja nos estádios e arenas esportivas no Estado tem um regulamento: deve iniciar, no máximo, duas horas antes do início do evento, cessando até duas horas após seu encerramento. Tem funcionado bem desde então. Mas agora, na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, aprovou projeto que proíbe a venda, a distribuição e o porte de bebidas alcoólicas nos campeonatos profissionais de futebol de âmbito nacional. O texto altera a Lei Geral do Esporte. Tal venda, atualmente, é regulada por leis estaduais e municipais.
Samu
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) está completando 19 anos salvando vidas em SC. Fundado em 5 de novembro de 2005, teve início com a instalação da primeira Central de Regulação de Urgência em Chapecó. Atualmente ele oferece cobertura em 100% do território catarinense através do telefone 192. Tem 27 Unidades de Suporte Avançado (USAs) e de 99 unidades de Suporte Básico (USBs). Em 2023 foram implantadas três motolâncias e neste ano mais duas. Em 2022, o SAMU iniciou o projeto Sangue Total em SC, pioneiro no Brasil, que opera nas aeronaves Arcanjo 01, em Florianópolis e o Arcanjo 03, em Blumenau. O projeto disponibiliza sangue para transfusão em casos de choque hemorrágico grave no momento do atendimento ao paciente. SC é o quarto lugar no mundo a oferecer esse serviço, ao lado de países como estados Unidos, Noruega e Israel, o que torna o Estado uma referência nacional e internacional.
Crimes de trânsito
SC tem 28 casos por dia na Justiça de crimes de trânsito, ante 480 em todo o país, conforme levantamento inédito compreendendo o período de janeiro a agosto deste ano. Aqui foram 6.781 novos casos. Os crimes mais comuns são homicídio culposo na direção de veículo automotor, lesão corporal culposa, omissão de socorro, fuga do local de acidente, conduzir veículo automotor sob influência de álcool ou substância psicoativa, racha e dirigir sem permissão ou habilitação.
Competitividade
Promover bem estar social por meio de um conjunto de ações, instituições e políticas. É esta a definição de competitividade segundo o Centro de Liderança Pública (CLP), entidade que avalia a qualidade de vida de uma população por meio de indicadores e que promove o Ranking de Competitividade dos Municípios. No quinto ano consecutivo em que é divulgado, está lá Florianópolis, em primeiro lugar dentre 404 municípios avaliados com mais de 80 mil habitantes.
Suspeita
O Ministério da Saúde não explicou qual o motivo que o levou a trocar a simpática gotinha contra a poliomielite pela vacina injetável, que é muito mais cara, por exigir seringas e agulhas descartáveis, dentre outros materiais. A gotinha é adotada há 35 anos e, de repente, não serve mais.
Proibição
Começou a tramitar na Assembleia Legislativa projeto que proíbe a celebração do Dia das Bruxas nas escolas públicas de SC. O legislador diz que sua proposta visa “resguardar a integridade cultural, ética e moral dos estudantes e preservar os valores educacionais e familiares do Estado”.
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Após registrar um prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024 — quatro vezes maior que o do ano anterior —, os Correios divulgaram nesta segunda-feira (12) um plano estratégico de recuperação financeira. A estatal espera economizar até R$ 1,5 bilhão em 2025 com medidas que incluem redução de jornada e salários, suspensão de férias e estímulo ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV).
Entre os principais pontos do plano, está o incentivo à redução da carga horária dos trabalhadores de 44 para 34 horas semanais, com impacto direto no salário dos cerca de 86 mil empregados da empresa. Também está prevista a suspensão temporária das férias adquiridas em 2024, que só poderão ser usufruídas a partir de janeiro de 2026.
A empresa ainda determinou o retorno obrigatório ao regime presencial a partir de 23 de junho de 2025, com exceção dos funcionários com decisões judiciais favoráveis. Além disso, está prevista uma revisão na estrutura administrativa com redução de 20% nos cargos comissionados, lançamento de um marketplace próprio e mudanças nos planos de saúde com economia estimada de 30%.
O plano inclui a busca por R$ 3,8 bilhões junto ao New Development Bank (NDB) para investimentos internos. Segundo os Correios, o prejuízo decorre principalmente da queda nas receitas com encomendas internacionais e do aumento de R$ 716 milhões nos custos operacionais em comparação com 2023. Os gastos com pessoal saltaram de R$ 9,6 bilhões para R$ 10,3 bilhões, impulsionados pelo Acordo Coletivo de Trabalho e reajustes em benefícios como o vale-alimentação.
“Estamos diante de um desafio importante: a necessidade de reduzir despesas”, afirma o documento. A estatal apela para a colaboração dos funcionários: “A contribuição de cada empregado, por menor que pareça, é valiosa”, afirma o texto.
Augusto César Diegoli (acdiegoli@gmail.com)
Efeito cascata
A criação de 18 novas vagas de deputado federal, se confirmada pelo Senado, provocará um efeito cascata nos Estados. Nas nove unidades federativas que terão aumento em suas bancadas na Câmara, haverá crescimento automático do número de deputados estaduais, resultando em 30 novas vagas nas assembleias legislativas. Em SC, passaria de 16 para 20. De acordo com a Constituição, o número de deputados estaduais corresponderá ao triplo da bancada federal, até o limite de 36. Assim, em SC o número de deputados estaduais passaria dos atuais 40 para 44.
Cidades desenvolvidas 1
Saiu o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) destacando as cidades mais e menos desenvolvidas do país. A surpresa é a inexistência de nenhuma de SC entre as 10 mais, ao contrário dos IFDMs anteriores. Desta vez cidades do interior de São Paulo e do Paraná lideraram, na última década, como as mais desenvolvidas do país. No topo está Águas de São Pedro (SP), com menos de 3 mil habitantes. Quanto a SC o IFDM revela que 11,2% das suas cidades atingiram um desenvolvimento socioeconômico alto, frente a 4,6% no Brasil. De acordo com o estudo, em SC 2,3 milhões de pessoas (36%) vivem em cidades com desenvolvimento alto e 4,9 milhões (62,7%) habitam em municípios com grau de desenvolvimento moderado. No entanto, 91 mil habitantes (1,1%) ainda vivem em condições de desenvolvimento baixo. SC não tem nenhuma cidade com desenvolvimento crítico.
Cidades desenvolvidas 2
SC conta com 75 municípios entre os 500 melhores do país, dos quais nove figuram entre os 100 primeiros colocados. Essas nove cidades, juntamente com Pomerode, que ocupa a 10ª posição no Estado, compõem o Top 10 estadual. São Bento do Sul, Joaçaba, São Miguel do Oeste, Jaraguá do Sul e Brusque ocupam as cinco primeiras posições do ranking estadual. No lado oposto, Vargem, Balneário Arroio do Silva, Timbé do Sul, Cerro Negro e Entre Rios estão nas últimas colocações. Chama atenção a trajetória de Florianópolis. A capital que, em 2013 ocupava a 5ª posição, atualmente está em 69º lugar do Estado. Apresentou queda nas vertentes de Educação (-6.9%) e Emprego e Renda (-3,3%) e teve uma leve melhora em Saúde (3,3%). Também no ranking entre as capitais brasileiras, Florianópolis caiu da 2ª posição para o 10º lugar.
Hotelaria em alta
São esperados mais de 650 compradores de todo o Brasil para a 70ª edição da Pronegócio entre os dias 13 e 16 deste mês de maio. O presidente da AmpeBr destaca que há cerca de um mês da rodada, 90% da rede hoteleira da região já estava ocupada para os dias do evento. Até o início da primeira rodada da Pronegócio, é esperado 100% de ocupação por parte dos compradores em hotéis de Brusque, Itajaí e Balneário Camboriú.
Dia Nacional da Indústria
Neste 25 de maio celebramos o Dia Nacional da Indústria, uma data que nos convida à reflexão e ao reconhecimento do papel vital que o setor industrial exerce no desenvolvimento econômico e social do Brasil. No Vale do Itajaí-Mirim, essa homenagem ganha um significado ainda mais profundo, pois aqui que bate o coração de uma das regiões mais produtivas e inovadoras de SC. São pequenas, médias e grandes empresas que movimentam a economia com a geração de emprego, inovação tecnológica, exportações e compromisso com a sustentabilidade. O cenário atual é promissor, estamos em uma região com vocação industrial histórica que soube se adaptar às transformações globais sem perder suas origens. O setor têxtil, por exemplo, se reinventa constantemente com design, tecnologia e sustentabilidade. O setor metalmecânico tem investido em automação e novos processos produtivos. A indústria de alimentos, cada vez mais conectada com as exigências dos consumidores.
Cidades desmembradas
Passados quase 165 anos da sua fundação (1860-2025), após diversas divisões territoriais do extenso território que formava, a partir de 1962 restou apenas um pequeno território que forma a Brusque que conhecemos hoje, com área de 284,6 km2. De Brusque tiveram origem os municípios de Nova Trento (1892), Vidal Ramos (1957), Presidente Nereu (1961), Botuverá (1962) e Guabiruba (1962). As áreas do Sul de Gaspar também foram desmembradas de Brusque. Das cidades mencionadas, abordamos apenas as cidades consideradas colônias italianas pioneiras: Botuverá, Gaspar, Guabiruba e Nova Trento.
Mão de obra
Hoje, a falta de mão de obra é a principal demanda dos empresários catarinenses. A economia de SC tem crescido praticamente o dobro da média nacional e não há trabalhadores suficientes para atender a toda a necessidade. O que aconteceu é uma grande atração de trabalhadores de outros lugares, como de estados do Norte brasileiro e de outros países (principalmente Venezuela). Conforme dados do IBGE, o mercado de trabalho de SC ganhou 330 mil pessoas entre 2021 e 2023. Porém, o número de desempregados no estado caiu apenas 60 mil. Ou seja, muito provavelmente essa diferença de 270 mil é referente a trabalhadores que vieram de fora de Santa Catarina. O estado foi o que mais contrataria estrangeiros no país em 2024, por exemplo.
FIESC
A Federação das Indústrias de SC (Fiesc) está atenta ao pagamento de mão de obra no estado e tem atuado de forma estratégica para enfrentar o problema. Para se ter uma ideia, somente a indústria catarinense precisará qualificar ou requalificar 953 mil trabalhadores nos próximos três anos, segundo o Mapa do Trabalho Industrial. Entre 2018 e 2025, os investimentos da Fiesc, por meio do Sesi e do Senai, totalizam R$ 1,4 bilhão, valor que deve chegar a R$ 2,6 bilhões até 2030. A maior parte desses transportes é na área educacional, por meio do projeto Educação 20-30. Tão importante quanto o investimento em infraestrutura. A qualificação começa na educação básica, já conectada com as demandas da indústria.
Perfil do catarinense
O Lide SC (grupo de líderes empresariais que reúne executivos dos mais variados setores de atuação), está anunciando uma parceria com a Critério – Resultado em Opinião Pública para a realização da inédita pesquisa “Catarinenses: valores, hábitos e ideias”, que tem a pretensão de revelar, de forma regionalizada, o que pensa, sente e projeta a população do Estado. A coleta de dados começa neste mês e os resultados serão divulgados em agosto.
Cenário econômico incerto
A última semana foi de decisões sobre juros no Brasil, Estados Unidos e novidades tarifárias anunciadas pelo presidente americano, que trouxeram mais esperanças no cenário internacional. Apesar disso, alguns setores mais globalizados começam a sentir efeitos da retração. Os setores mais internacionalizados da economia de SC já sentem alguns efeitos das tarifas dos EUA. O setor têxtil de cama, mesa e banho, por exemplo, está sendo mais sondado por importadores norte-americanos. O setor de aço reclama da entrada do produto chinês e cobra medidas do governo brasileiro para sobreviver.
Valorização imobiliária
Quais cidades brasileiras têm os metros quadrados mais valorizados? Quem respondeu a essa pergunta foi um estudo do DataZap. O estudo avaliou somente 22 capitais e o Distrito Federal. Dos 10 bairros mais valorizados do país, dois são de Florianópolis: Jurerê Internacional e Jurerê. Além de Florianópolis, somente São Paulo e Rio de Janeiro tiveram bairros entre os 10 mais valorizados do Brasil. Entre as características comuns estão bairros com imóveis de alto padrão, boa infraestrutura e proximidades com centros comerciais. No caso de Florianópolis, isso é diferente. Para uma economista da DataZap a capital tem registrado valorização expressiva nos últimos anos e ganhou força com a pandemia.
Consequências
Aposentado não tem memória curta quando pensa na miséria que ganha. É bom que alguns deputados e senadores de SC pensem nisso ao negar apoio ou se calar covardemente como agora à CPI para investigar o roubo bilionário de que são vítimas.
Speak English
Pela primeira vez na história da educação pública de SC os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental passaram a ter, desde o início deste ano, a oportunidade de aprender inglês. Ao todo, mais de 100 mil estudantes receberam material didático novo para acompanhar as aulas. São aulas semanais, ministradas por professores específicos da disciplina, com auxílio de plataforma online.
Vírus do Pix
Um novo golpe digital tem utilizado jogos falsos de celular para acessar dados bancários. O mecanismo instala um vírus capaz de entrar nos aplicativos bancários, realizar transações automáticas e desviar valores sem que o usuário perceba. A fraude tem sido chamada de “mão fantasma”. Especialistas em cibersegurança explicam que o malware é uma nova versão do golpe “mão fantasma” e atua de forma automática no celular da vítima. O vírus se esconde em aplicativos falsos que imitam jogos populares e prometem prêmios aos usuários. Assim que o aplicativo é instalado, ele solicita permissões de acessibilidade, uma ferramenta do sistema Android e, com a autorização da própria vítima, ganha acesso total ao aparelho, podendo operar até mesmo com o celular desligado. O golpe é especialmente perigoso porque consegue burlar os sistemas de segurança dos bancos, como a biometria e o reconhecimento facial. Quando o Pix é feito, o malware ATS bloqueia a tela na etapa “processando a transferência”. Enquanto a pessoa espera, o vírus altera o destinatário e o valor da transferência. Essa troca ocorre rapidamente, visto que todo o processo foi automatizado. Quando a tela retorna para o correntista colocar a senha, a troca foi feita. Por isso a sensação de que há o redirecionamento. A Febraban alerta que o criminoso pode se passar por um funcionário do banco, alegando movimentações suspeitas e sugerindo que o cliente instale um aplicativo. Ao fazer isso, o fraudador consegue acessar todos os dados do celular.
Furos
Área em que quase 30 prefeitos de SC acabaram presos ultimamente, a de licitação de obras públicas municipais parece um queijo suíço. O Tribunal de Contas do Estado identificou 3.300 irregularidades na leitura de editais somente de janeiro a março deste ano, usando ferramenta de inteligência artificial.
No limite
Não há pânico, mas algo próximo entre as autoridades de saúde de SC com o quadro do momento: 91% dos leitos de UTIs na rede hospitalar estão ocupados. Preocupação porque o Estado ainda não atingiu o pico das doenças respiratórias.
Educação integral
Novos dados do Censo Escolar 2024, divulgados pelo Ministério da Educação, indicam que SC ampliou o acesso à educação integral tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental da rede pública. O percentual de matrículas em jornada ampliada em creches passou de 66,8% para 69,9% entre 2022 e 2024. Na pré-escola, os indicadores saltaram de 16% em 2022 para 18% em 2024.
Caged: março 2025
O Brasil gerou 71.576 novos empregos no Brasil no mês de março deste ano. Com destaques para São Paulo (+34.864), Minas Gerais (+18.169), Santa Catarina (+9.841), Rio Grande do Sul (+8.960) e Goiás (+6.340). Em SC os municípios em destaque no mês de março foram: Joinville (+1.054), Florianópolis (+715), São José (+683), Itajaí (+682) e Criciúma (+665).
Tiro livre
Só depende da sanção do governador para virar lei projeto aprovado na Assembleia Legislativa que dispõe sobre o funcionamento de estabelecimentos de tiro desportivo, que são mais de uma centena em SC. O projeto impede que haja restrições de dia e horário ao funcionamento desses estabelecimentos, e que também não precisam de ter uma distância mínima entre eles e outras atividades comerciais, desde que não haja comprometimento da segurança pública.
Mulheres na indústria
A indústria catarinense emprega 301,8 mil mulheres, o equivalente a 33,31% dos trabalhadores do setor em Santa Catarina. O percentual faz do estado o maior empregador de mulheres no setor industrial do país, onde a média é de 25%. Considerando todas as trabalhadoras de SC, 23,9% estão na indústria. Segundo dados do Observatório Fiesc, com base nos últimos dados disponíveis, os segmentos que mais empregam mulheres em SC são: têxtil, confecção e calçados, com 62% do total de empregados formacos com 53,25%, indústria diversa com 46,36% e alimentos e bebidas com 44,82%.
Zero imposto
O governador de SC decidiu zerar o único imposto estadual (ICMS) que incide sobre o arroz, o feijão e as farinhas de trigo, milho, mandioca e de arroz, os seis da cesta básica, e que era de 7%. Obteve de entidades representativas do setor produtivo catarinense o compromisso de orientar seus associados para que repassem o desconto ao preço de venda dos produtos. O governo vai abrir mão de quase R$ 600 milhões por ano. Quanto ao repasse, vamos ver.
MEIs
Ao contrário do que alguns divulgaram, o limite de faturamento para microempreendedores individuais (MEIs) não mudou neste ano e permanece com o valor de R$ 81 mil. Estão em tramitação vários projetos de lei para que mude. O mais recente tem como autora a senadora catarinense, que visa aumentar o limite para R$ 140 mil.
Exceção
Consta que o ministro de STF, André Mendonça, que esteve em Florianópolis para fazer uma palestra no Congresso Estadual do Programa Qualifica, na Assembleia Legislativa, deslocou-se até SC em voo aéreo comercial e na classe econômica. É uma exceção. A quase totalidade dos demais prefere as caras mordomias dos jatinhos da FAB por um motivo maior e que nunca vão dizer: não dar de cara, dentro dos aviões, com gente de bem que não tem nenhuma simpatia por eles.
Guerra ideológica
Quem vê com certa equidistância a polêmica em torno da prática do naturismo na praia da Galheta, tradicional praia do leste da Ilha de SC, observa que até nisso há uma polarização política: a direita é contra a prática de relações sexuais ao ar livre no local, e a esquerda a favor, porque o que ocorre lá agora vem desde os anos 1980, sem maiores tensões entre liberais e conservadores.
Doenças respiratórias crescem
Dados da Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica apontam para um quadro preocupante de aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em SC. Conforme o boletim divulgado em abril, são mais de 2,3 mil ocorrências registradas e 48 óbitos. O cenário piora com a chegada do frio e exige atenção tanto de autoridades em Saúde, quanto de pais e responsáveis. O aumento de casos pressiona as unidades de saúde, sobrecarregando o sistema. Idosos e crianças são os mais afetados. As regiões do estado que mais apresentam registros por vírus respiratórios são Florianópolis, Itajaí e Joinville. O alerta obriga atenção especial de prefeituras e do governo do estado das unidades de saúde, a fim de garantir respostas rápidas para a sociedade.
Exemplo
Está aí um exemplo para muitos municípios onde pessoas ou famílias são donas de diferentes tipos de patrimônio, desde imóveis históricos a coleções diversas, incluindo pequenos museus, de manutenção cada vez mais cara. Em Tubarão um projeto de lei em tramitação declara a vida e a obra de seu maior artista, Willy Zumblick, como patrimônio imaterial, cultural e intangível do município. Assim poderá ter acesso a recursos e apoios para sua proteção e valorização.
Escolas cívico-militares em SC
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação está questionando a validade do programa que instituiu escolas cívico-militares em SC. A Ação Direta de Inconstitucionalidade 7809 foi distribuída ao ministro Dias Toffoli, que decidiu submeter o caso diretamente ao Plenário e pediu informações ao governador de SC. Apesar do presidente Lula ter determinado, em julho de 2023, o encerramento do programa, o governador de SC decidiu ignorar. E vai ampliá-lo com mais cinco unidades a partir deste ano, adicionando-se às nove já atuando no modelo. Serão instaladas em Araranguá, Curitibanos, Ibirama, Itajaí e Mafra.
Guarra fraterna
Desde tempos imemoriais, quando controladas por tradicionais famílias, os frigoríficos catarinenses Sadia e Seara tinham uma relação fraterna. Agora os tempos são outros, e seus donos também. A diferença entre ambas no momento envolve um anúncio de nuggets. A primeira foi ao Conselho de Auto-regulamentação Publicitária contestar uma peça da concorrente, por suposta imitação em elementos visuais e na embalagem, além da frase “Só a Seara tem”. A outra alega ser uma cópia da sua, “Só a Sadia tem”. Tentou-se uma conciliação. Não deu certo.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma aceleração na sua primeira prévia de maio, atingindo 0,18%. O resultado representa um aumento em relação à mesma leitura de abril, quando o índice havia variado positivamente em 0,05%, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (12) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A análise dos componentes do IGP-M revela que o Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado (IPA-M) inverteu a tendência de queda observada na primeira prévia de abril (-0,07%), apresentando uma alta de 0,08% nesta leitura de maio. Da mesma forma, o Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M) também mostrou aceleração, passando de 0,28% em abril para 0,42% em maio.
Em contrapartida, o Índice Nacional da Construção Civil – Mercado (INCC-M) apresentou uma desaceleração na sua taxa de variação. O índice, que havia registrado alta de 0,50% na primeira prévia de abril, avançou 0,38% nesta nova leitura.
A logística brasileira desempenha um papel estratégico no desenvolvimento econômico do país e na sua integração ao mercado global. Desde a construção das primeiras rodovias e ferrovias até a adoção de tecnologias avançadas nos centros de distribuição e portos, o setor tem buscado se modernizar para lidar com uma demanda crescente, cada vez mais complexa, e manter-se competitivo.
O Brasil conta com uma das maiores malhas rodoviárias do mundo, com mais de 1,7 milhão de quilômetros de estradas — sendo apenas 12,3% pavimentada. Esse modal ainda é responsável por cerca de 60% do transporte de cargas no país. No entanto, especialistas apontam a necessidade urgente de diversificação e maior integração entre os diversos modais de transporte.
A malha ferroviária ainda está muito aquém do ideal, enquanto portos e aeroportos ganham protagonismo. O Brasil opera mais de 36 portos públicos e terminais privados, que juntos movimentam cerca de 1,1 bilhão de toneladas de cargas por ano. Investimentos recentes em automação, ampliação de terminais e melhorias operacionais têm impulsionado a competitividade brasileira no comércio internacional.
Já o transporte aéreo representa apenas 1% do volume total de cargas, mas é responsável por 10% do valor das mercadorias transportadas, especialmente em segmentos de alto valor agregado. Com mais de 100 aeroportos com operações regulares de carga, o país vem ampliando sua conectividade com os principais mercados globais.
Desafios persistem
Apesar dos avanços, os desafios persistem. A precariedade da malha rodoviária, especialmente em regiões remotas, continua elevando os custos logísticos — que hoje representam cerca de 12% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Esse índice é superior ao observado em países desenvolvidos, comprometendo a competitividade das empresas nacionais.
Além disso, a burocracia e a lentidão nos processos aduaneiros dificultam tanto o fluxo interno quanto as operações de importação e exportação. A falta de integração entre os modais também gera gargalos operacionais e perdas econômicas. Para especialistas, o futuro da logística no Brasil passa por investimentos sustentados em infraestrutura, ampliação do transporte ferroviário e hidroviário, digitalização de processos e incentivos à intermodalidade. A eficiência logística é considerada peça-chave para a redução de custos, aumento da produtividade e conquista de novos mercados.
“Um estado com infraestrutura logística eficiente atrai investimentos, reduz os custos operacionais das empresas, melhora a competitividade de seus produtos e impulsiona setores como indústria, agronegócio, comércio e serviços. A logística também é vetor de geração de empregos, inovação tecnológica e desenvolvimento regional”, destaca o CEO da Logistique 2025, Leonardo Rinaldi.
Rumos da logística em debate
Nesse contexto, o Logistique Summit assume papel determinante nas discussões sobre o futuro da logística brasileira. O evento ocorre em paralelo à Logistique 2025, de 12 a 14 de agosto, no Expocentro Júlio Tedesco, em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Consolidada como uma das principais feiras e congressos do setor no país, a Logistique reúne grandes nomes para debater também comércio exterior, relações internacionais, macroeconomia e geopolítica. O Summit já tem confirmadas as presenças de importantes nomes do mercado, entre eles, o ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Marcos Troyjo.
“Mais do que uma feira, a Logistique é uma plataforma de articulação entre o poder público, a iniciativa privada, a inovação e o conhecimento técnico. Reúne os principais players da cadeia logística para debater soluções, apresentar tecnologias, formar parcerias e criar oportunidades reais de negócios”, acrescenta Rinaldi.
Estado de excelência
O fato do evento ser realizado em Santa Catarina, um dos estados mais produtivos do Brasil, também reforça seu papel catalisador no avanço da logística nacional de forma mais integrada e eficiente. Com crescimento de 12% em 2024, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor logístico catarinense vive um momento de expansão e consolidação. O Estado se destaca não apenas por sua localização estratégica — que facilita a conexão com os principais mercados nacionais e internacionais —, mas também por sua capacidade de inovação e investimentos contínuos em infraestrutura e tecnologia.
Em 2024, Santa Catarina movimentou mais de US$ 11,6 bilhões em exportações e US$ 33,7 bilhões em importações, consolidando-se como o segundo maior importador do país. A modernização dos portos e aeroportos, somada ao bom desempenho da indústria — que cresceu 6,3% até setembro, segundo a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) —, reforça o papel do estado como um dos principais hubs logísticos do Brasil.
O crescimento da produção industrial, puxado por setores como metalurgia, alimentos e tecnologia, eleva ainda mais a demanda por soluções logísticas eficientes. Cidades como Joinville, Itajaí e Chapecó atraem investimentos produtivos; enquanto polos como Balneário Camboriú, Blumenau e novamente Joinville vivem um varejo aquecido, ampliando a necessidade por transporte e armazenagem qualificados.
A combinação entre localização estratégica, infraestrutura moderna, base industrial diversificada e capacidade de adaptação às demandas globais posiciona Santa Catarina como referência nacional em logística.
A Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, participa de reunião na Federação das Indústrias de SC (FIESC), no próximo dia 16 de maio, na sede da entidade.
O evento, promovido pela Câmara de Comércio Exterior, vai debater os Novos Rumos do Comércio Internacional, trazendo uma visão estratégica sobre o cenário atual e as perspectivas para o comércio exterior brasileiro. O encontro, que ocorre apenas na modalidade presencial, vai contar também com a participação da presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante.
As inscrições são gratuitas e estão limitadas à disponibilidade de vagas no auditório.
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O comércio exterior catarinense está em um bom momento, com importações e exportações crescendo nos quatro primeiros meses de 2025. De janeiro a abril, as exportações avançaram 7,52% e atingiram US$ 3,85 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e foram compilados pelo Observatório FIESC.
Os principais produtos vendidos por Santa Catarina ao exterior foram carnes de aves, com US$ 682,73 milhões exportados de janeiro a abril. A carne suína foi o segundo principal item da pauta exportadora do estado, com US$ 544,3 milhões no período. “Observamos um aumento expressivo de exportações de proteína animal para o Japão e China, que já são parceiros tradicionais, mas também o incremento de vendas de carnes de aves e suína para países como Chile e México”, explica o presidente da Federação das Indústrias de SC, Mario Cezar de Aguiar.
As vendas de motores elétricos, terceiro produto na lista dos mais vendidos, somaram US$ 178,45 milhões. As exportações de partes de motor atingiram US$ 134,73 milhões, enquanto as de madeira serrada alcançaram US$ 128,43 milhões. “As exportações do setor madeireiro também ganharam espaço, especialmente com incremento de vendas para países como China e Europa”, avalia Aguiar.
Os principais destinos das exportações de SC seguem sendo os Estados Unidos. De janeiro a abril, os embarques para os EUA somaram US$ 542,06 milhões. A China mantém-se como segundo destino, com US$ 372,31 milhões. Ocupando o terceiro lugar, as vendas para a Argentina atingiram US$ 294,92 milhões.
Importações
Do lado das importações, SC elevou suas compras no exterior em 8,45% no ano até abril, em relação a igual período de 2024, para US$ 11,4 bilhões.
Destacam-se as importações de cobre refinado, com US$ 440,9 milhões; de partes e acessórios para veículos, que somaram US$ 300,15 milhões; de polímeros de etileno, com US$ 230,17 milhões; semicondutores, somando US$ 206,42 milhões, e fertilizantes nitrogenados, com importações de US$ 192,34 milhões.
A China segue como a principal origem das compras externas catarinenses, e foi responsável por US$ 5,02 bilhões de janeiro a abril. Os Estados Unidos são o segundo país no ranking das importações, com
US$ 716,03 milhões, seguido pelo Chile, com US$ 687,24 milhões.
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Foto: Guilherme Bento/Secom
Santa Catarina resgatou há um ano uma tradição que remonta aos tempos em que a conservação de alimentos ainda não contava com geladeiras: a produção da carne na lata. A iguaria típica do interior catarinense foi oficialmente registrada pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), por meio do Serviço de Inspeção Estadual (SIE), marcando um novo capítulo para a valorização da cultura alimentar regional.
A agroindústria familiar Carnes Arvoredo Ltda., sediada em Xanxerê e registrada sob o SIE n.º 416, foi pioneira ao obter o registro da carne na lata – carne suína temperada, cozida e conservada em gordura. O produto, que faz parte da memória afetiva de muitas famílias, agora está sendo comercializado com o aval técnico e a garantia de segurança da inspeção sanitária assegurada pela Cidasc. Para obter a liberação do produto, contou com a análise técnica da Coordenação de Produtos Cárneos do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Deinp) da Cidasc.
Roberto Carlos Meneguzzi, sócio da Carnes Arvoredo, destaca que o registro do produto foi motivo de orgulho para os proprietários da agroindústria. “Este produto faz parte da nossa história. Quando criança, a carne na lata era sempre servida em casa. Resgatá-la é uma forma de homenagear meus pais e levar ao consumidor um sabor que remete à infância, com praticidade e qualidade”, afirma Meneguzzi.
A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, destaca que o reconhecimento da carne na lata com o selo do Serviço de Inspeção Estadual representa um avanço na valorização dos saberes tradicionais aliados à ciência. “A Cidasc tem um papel essencial na promoção da agroindústria familiar catarinense. Ao garantir que produtos como a carne na lata cheguem ao consumidor com qualidade e segurança, fortalecemos não apenas a economia local, mas também a identidade cultural do nosso Estado”, afirma Celles.
Carne na lata: tradição, sabor e conservação natural
A carne na lata é um tipo de carne suína conservada por um método ancestral, semelhante ao confit – técnica francesa cujo nome significa “cristalizado”. Esse termo remete ao aspecto brilhante que os alimentos adquirem ao serem envolvidos pela própria gordura, formando uma camada protetora natural. No Brasil, essa prática tornou-se comum especialmente nas zonas rurais dos estados de Minas Gerais e São Paulo, como forma de conservar carne por longos períodos antes da popularização das geladeiras.
Na agroindústria Carnes Arvoredo Ltda., de Xanxerê (SC), o corte escolhido para esse preparo é o pernil suíno desossado. A carne é frita lentamente em sua própria gordura até atingir o ponto ideal e, em seguida, é armazenada em latas metálicas, coberta com a gordura ainda quente. Esse processo reduz significativamente o teor de umidade e confere ao produto uma validade, sem necessidade de refrigeração.
A técnica de conservação da carne na gordura chegou ao Brasil com os colonizadores europeus, que trouxeram também os primeiros suínos e a necessidade de preservar alimentos durante longas viagens. No entanto, registros históricos indicam que a prática possui paralelos com tradições indígenas, como a mixira, alimento típico de algumas regiões da Amazônia, em que carnes são igualmente preservadas em gordura.
Mais do que um método de conservação, a carne na lata representa um elo entre gerações, resgatando memórias afetivas e fortalecendo a identidade alimentar brasileira.
Mais sobre a inspeção de produtos de origem animal
Para proteger a saúde da população, é fundamental que o consumidor esteja atento ao adquirir alimentos de origem animal. Um dos principais cuidados é verificar se o produto possui o Selo de Inspeção, que pode ser emitido por três esferas: Serviço de Inspeção Municipal (SIM), Serviço de Inspeção Estadual (SIE) ou Serviço de Inspeção Federal (SIF).
Esse selo é a garantia de que o alimento passou por rigorosa inspeção industrial e sanitária, seguindo os critérios estabelecidos pela legislação vigente. Produtos com selo de inspeção asseguram qualidade, procedência e segurança para o consumo.
Foto: MFX/GOVSC
Santa Catarina vem se consolidando como referência nacional em políticas de ressocialização por meio do trabalho no sistema prisional. Um dos exemplos dessa iniciativa está na Colônia Agrícola de Palhoça, na Grande Florianópolis, onde 70 detentos atuam diretamente na fabricação de iates de luxo. São produzidas, em média, 10 embarcações por mês — todas com alto padrão de qualidade e atenção aos mínimos detalhes.
Hoje em Santa Catarina a atividade garante ocupação laboral para três em cada 10 presos catarinenses. São 8.392 detentos em atividades remuneradas, o que representa 30% da população carcerária — índice superior à média nacional, que é de 23,8%. Só em 2024, o trabalho carcerário movimentou R$ 28 milhões em Santa Catarina.
Foto: MFX/GOVSC
O valor arrecadado é repartido em três partes: metade do salário vai para a família do apenado; 25% ajudam a custear a própria permanência dele no sistema prisional; e os 25% restantes são depositados em uma poupança, que só pode ser acessada após o cumprimento da pena. A medida garante mais dignidade e um suporte financeiro no momento da retomada da vida em liberdade.
Com 53 unidades prisionais em funcionamento, o estado conta hoje com parcerias ativas com empresas privadas ou órgãos públicos em 51 delas. A Colônia Agrícola de Palhoça é uma das 32 unidades em que os presos exercem atividades externas — neste caso, dentro de uma indústria naval da região. Além da construção de embarcações, os detentos em Santa Catarina atuam nas áreas de montagem de eletrônicos, produção de móveis, confecção de uniformes, entre outras frentes industriais.
Mais do que contribuir para a manutenção do sistema, a iniciativa representa um caminho efetivo para a reintegração social, com impacto direto na redução da reincidência criminal. O trabalho oferece qualificação profissional, geração de renda e dignidade para quem busca recomeçar.
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Pesquisa mostra que 18,7% dos domicílios brasileiros têm beneficiários do Bolsa Família, enquanto em Santa Catarina percentual é de apenas 4,4% – Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Arquivo/Secom
Santa Catarina é o estado brasileiro com menor participação no Programa Bolsa Família, do Governo Federal. Enquanto a média brasileira aponta que 18,7% dos domicílios brasileiros têm beneficiários do programa, em Santa Catarina este percentual é de apenas 4,4%. A divulgação dos dados ocorreu nesta quinta-feira, 8, pelo IBGE e mostra um raio-x do rendimento domiciliar brasileiro.
Conforme a pesquisa, o estado catarinense possui 2,8 milhões de domicílios, sendo que cerca de 123 mil (4,4%) registram recebimento de valores do Bolsa Família. Já no Brasil são 79,1 milhões de domicílios, sendo que 14,8 milhões (18,7%) possuem beneficiários do programa. Os dados são referentes ao rendimento médio domiciliar obtido ao longo de 2024.
O governador Jorginho Mello avalia o desempenho catarinense de forma positiva. “Santa Catarina está fazendo o dever de casa, atraindo investimentos, apostando no empreendedorismo, investindo na infraestrutura, na educação e em tantas áreas. Isso tudo para estimular a nossa economia e garantir a geração de melhores oportunidades para as pessoas. Não é por acaso que temos o menor grau de pobreza e de extrema pobreza do país”, afirma.
Em 2024, Santa Catarina registrou uma leve retração na participação do programa. O percentual caiu de 4,5%, calculado em 2023, para 4,4% no ano passado. No âmbito nacional também houve queda, sendo que a participação de domicílios no Programa Bolsa Família caiu de 19% em 2023 para 18,7% na mesma comparação.
“Os programas sociais são importantes para garantir o sustento das famílias mais carentes. No entanto, a geração de emprego ainda é a melhor política para inclusão social. Por isso o Governo de Santa Catarina tem apostado no estímulo à economia e na formação profissionalizante. E tem dado resultado. Geramos mais de 60 mil empregos formais em 2025 e somente o Sine tem mais de 7 mil vagas em aberto”, afirma o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck.
Santa Catarina é o estado com menor participação de programas sociais na renda dos domicílios
Santa Catarina é o estado com a menor participação percentual de programas sociais do governo na renda média do domicílio. Enquanto na média brasileira a participação dos programas sociais na renda é de 3,8%, em Santa Catarina o percentual é de apenas 1%.
O estado catarinense lidera e na sequência estão São Paulo (1,7%), Distrito Federal (1,8%) e Paraná (1,9%). Na outra ponta da lista estão Maranhão (10,8%), Ceará (10,2%), Pará e Piauí (ambos com 9,7%).
Conforme o IBGE, a renda domiciliar em Santa Catarina (2024) é formada por:
Rendimento do trabalho: 79,3%
Outras fontes: 20,7%
Aposentadoria e pensão: 15,4%
Programas sociais do governo: 1%
Rendimento médio em Santa Catarina cresceu 12% em um ano
A pesquisa do IBGE também avaliou a variação do rendimento médio domiciliar per capita. O estado registrou uma alta de 12%, pulando de R$ 3.203 para R$ 3.590 na passagem de 2023 para 2024. O acréscimo é de, portanto, R$ 387.
Santa Catarina tem o quarto maior rendimento do país. O primeiro lugar é do Distrito Federal, com R$ 5.147. São Paulo aparece em segundo, com R$ 3.785, e Rio de Janeiro em terceiro com R$ 3.618. Vizinhos da região Sul, Paraná e Rio Grande do Sul (ambos com R$ 3.571) têm o quinto maior rendimento médio. A média brasileira é de R$ 3.057.
Os dados desta notícia compõem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Rendimento de Todas as Fontes 2024, do IBGE.
A Associação Empresarial de Itajaí (ACII) anunciou mais quatro nomes que serão homenageados na edição de 2025 do Prêmio Empresário do Ano. A cerimônia de premiação, que chega à sua 34ª edição, homenageará os destaques empresariais da cidade no dia 30 de maio, a partir das 19h, no Clube Atiradores, em Itajaí.
A presidente da ACII, Thaisa Nascimento Corrêa explica que a divulgação desses nomes reforça a importância do Prêmio Empresário do Ano como um reconhecimento essencial aos empreendedores que impulsionam a economia e contribuem para o desenvolvimento de Itajaí em diversos setores.
Além do aguardado troféu de Empresário do Ano, que este ano celebra a trajetória do empresário Manoel Pereira, do Grupo Pereira, gigante do varejo e atacado no setor alimentício, a ACII reconhecerá os expoentes em outras nove categorias. Foram divulgados os homenageados em quatro dessas categorias: Terceiro Setor, Associativista, Comércio e Prestação de Serviços.
Na categoria Terceiro Setor, a homenageada é a Casa Biel. Fundada a partir de um momento de luto, a instituição (Associação Gabriel Costa Coelho) oferece apoio fundamental a famílias de jovens e crianças na luta contra o câncer, proporcionando terapias, acompanhamento profissional e acolhimento de forma gratuita.
O destaque na categoria Associativista é Ariani Cipriani de Sá, proprietária da Bloco D Engenharia. A jovem engenheira civil de 30 anos tem se destacado como uma liderança visionária e engajada no cenário empresarial de Itajaí, contribuindo significativamente para o fortalecimento do associativismo local.
No setor de Comércio, o reconhecimento vai para o Grupo Parada dos Amigos. Com 32 anos de história, o grupo trilhou um caminho de crescimento constante, impulsionado pela visão de Davi Trajano de Espíndola, de 72 anos, e pelo apoio incondicional de sua esposa, Narzi Délfica de Espíndola, de 66 anos.
Já na Prestação de Serviços, a homenageada é a Conexão Marítima. A companhia, que atualmente conta com cerca de 250 funcionários e movimenta aproximadamente 400 caminhões por dia, demonstra um crescimento notável de 500% desde sua aquisição em 1º de abril de 2015.
Tradicionalmente associado às celebrações de casamento, o mês de maio segue como um dos períodos de maior movimento para o setor de festas e eventos no Brasil. De acordo com uma pesquisa do Casar.com, maior plataforma de sites e listas de casamento do Brasil, em conjunto com a Assessoria VIP, o período deve movimentar mais de R$ 2,9 bilhões da economia nacional.
Ainda segundo a plataforma, está previsto um crescimento de 32,6% na quantidade de cerimônias realizadas em maio deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2024. Isto demonstra o aquecimento do setor que contribui cada vez mais para a economia do Brasil. Considerado um evento social valorizado e amplamente celebrado pelos brasileiros, os casamentos estabelecem anualmente novos padrões.
Segundo levantamento da ABRAFESTA, (Associação Brasileira de Eventos), famílias com renda mensal acima de R$ 5 mil continuam sendo o principal público consumidor, representando 16% das famílias brasileiras. A expectativa inicial de muitos casais é investir até R$ 40 mil na celebração, mas os dados revelam que 74% acabam desembolsando entre R$ 40 mil e R$ 85 mil para realizar a cerimônia ideal — em alguns casos, esse valor pode ultrapassar R$ 100 mil, especialmente nas capitais.
“Maio é um mês extremamente importante para o setor de festas. O aumento na procura por serviços especializados traz impacto direto em toda a cadeia produtiva e exige um planejamento bem estruturado dos casais para garantir uma celebração inesquecível, sem comprometer a saúde financeira”, destaca Ricardo Dias, presidente da ABRAFESTA.
Ainda de acordo com o estudo, 47% dos casais contam com apoio financeiro de familiares para realizar o casamento. Enquanto, cerca de 30% recorrem a algum tipo de financiamento ou parcelamento para cobrir os custos da festa. O dado reforça a importância do planejamento financeiro, especialmente em um mês de alta demanda.
Para Marcelo D’Alfonso, CEO do Casar.com, estabelecer um orçamento realista é fundamental. “Os casais devem conversar abertamente sobre o quanto cada um está disposto a investir e se haverá contribuições de familiares ou amigos, por exemplo. Em paralelo, estabelecer prioridades e acompanhar os gastos com frequência para que nada saia do controle é imprescindível. O planejamento financeiro torna a experiência ainda mais leve e emocionante”, conclui o CEO.
O mercado de cebolas no Brasil continua instável no início de 2025, com grandes volumes de importação e tendência de alta nos preços. Em março, o total importado pelo Brasil foi quase cinco vezes maior que o volume de abril, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em fevereiro, o país trouxe de fora 3.471 toneladas de cebola, quantidade que saltou para 19.728 em março.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a Argentina foi o maior exportador de cebola para o Brasil em março deste ano, com quase 58% do total importado, seguida do Chile, com 42%. Consulta do Hortifrúti/Cepea apontou que os países têm muito produto armazenado, com possibilidade de continuar abastecendo o Brasil.
"Em um mercado instável e com grandes volumes de importação, o Brasil enfrenta um cenário desafiador, reflexo direto da dinâmica global de oferta e demanda. Esse contexto exige uma adaptação estratégica contínua para garantir a sustentabilidade e o equilíbrio do setor agrícola nacional, com manejo tático e máximo de proteção ao cultivo”, afirma o engenheiro agrônomo especialista em Desenvolvimento de Mercado da Ascenza Brasil, José Rodolfo Forte.
No ano passado, o Brasil já havia importado 257,4 mil toneladas de cebola, alta de 92% em relação ao ano anterior. Mesmo com o aumento de 44% previsto para a safra nacional de 2024/2025, estimada em 127,6 mil toneladas do vegetal, conforme a Conab, as importações devem continuar aquecidas.
Para este ano, a expectativa é de redução na área plantada com cebola, especialmente no Cerrado e no Nordeste, devido à expectativa de uma boa safra no Sul, aponta o Cepea. Mesmo com a elevada oferta de cebolas em Santa Catarina, nas cidades de Ituporanga e Lebon Régis, a qualidade dos produtos foi comprometida pelo calor de fevereiro e março e a expectativa de que os estoques durassem até meados de maio e início de junho não deve se concretizar, conforme o Cepea
Nessa região, os compradores estão optando pelas cebolas estrangeiras, principalmente da Argentina e Chile, de boa qualidade. Essas muitas variações na oferta interna e condições do mercado internacional influenciam diretamente o mercado brasileiro.
Preços
Em março, o Conab verificou aumento dos preços da cebola em onze Ceasas analisadas, em diferentes regiões do Brasil. A média entre elas indicou alta de 11,4%, em relação à média de fevereiro. A Conab avalia, entretanto, que os preços continuam mais baixos que nos dois anos anteriores. na Ceagesp São Paulo, a cebola foi vendida em março deste ano por valores 56% abaixo do praticado em março de 2024 e a 17% inferior a março de 2023.
Cebolicultura
A cebola é uma das hortaliças mais importantes do mundo e tem sido cultivada há pelo menos 5 mil anos. No Brasil, o seu cultivo apresenta importância econômica e social. Estima-se que 70% da cebolicultura brasileira seja proveniente da agricultura familiar, principalmente nas regiões Sul e Nordeste.
No Brasil, são cultivadas diversas variedades de cebola adaptadas às diferentes regiões do país. A escolha da variedade depende de critérios como região e clima, época de plantio, finalidade (consumo fresco, processamento e armazenagem) e resistência a doenças.
As principais variedades podem ser divididas em dois grupos principais: variedades comerciais (híbridas e melhoradas) e variedades tradicionais e crioulas. Entre as variedades comerciais de dias curtos destacam-se a Optima, Bella Dura, IPA 11, Brisa, Vale Ouro IPA-11, Granex 33 e Texas Grano 502 PRR.
Segundo o Centro Paulista de Estudos Agropecuários (CPEA), a cebola é uma cultura de alto rendimento e tem um ciclo de crescimento relativamente curto, geralmente entre 90 e 150 dias, dependendo da variedade e das condições climáticas. Isso permite aos agricultores promover rodízio de culturas e maximizar o uso das terras ao longo do ano. Mas o cultivo da cebola também enfrenta desafios.
Doenças e pragas
As doenças representam uma ameaça constante para as plantações de cebolas. Alguns dos principais patógenos que afetam as cebolas são o Míldio, mancha-púrpura, queima-das-pontas, podridão-branca e fusariose. As pragas mais comuns são trips, mosca-da-cebola, lagarta-rosca e ácaros.
A boas práticas de manejo incluem rotação de culturas com gramíneas como milho ou braquiária, uso de cultivares resistentes e tolerantes, irrigação controlada sem excesso de umidade, monitoramento frequente da lavoura e manejo integrado de pragas e doenças. O monitoramento e manejo Integrado, que inclui o uso de métodos de controle biológico, orgânico e químico, é essencial para proteger as plantações de cebolas.
Seleção de variedades
A seleção da variedade de cebola ideal para o cultivo depende de fatores como clima, fotoperíodo, resistência a doenças, tipo de solo e objetivo da produção. Existem três tipos principais de cebola, classificados de acordo com a necessidade de fotoperíodo: dias curtos, dias intermediários e dias longos.
Variedades de dias curtos são mais adequadas para regiões quentes e próximas ao equador, como o Nordeste, enquanto as de dias longos são mais indicadas para áreas mais ao Sul, com estações do ano bem definidas. Além disso, a resistência a pragas e doenças, como trips, fusariose e míldio deve ser considerada, pois variedades híbridas costumam ser mais resistentes.
Outro aspecto importante é o objetivo da produção, para o mercado fresco ou para processamento. Variedades como Optima e Bella Dura são excelentes para o mercado fresco, com bulbos grandes e duráveis, enquanto a BRS Rubra é mais indicada para processamento devido à sua resistência ao transporte e sabor. O tipo de solo também influencia a escolha, sendo necessário solo bem drenado e com pH entre 5,5 e 6,5 para um bom desenvolvimento das plantas.
Espaçamento irrigação e adubação
O espaçamento entre as plantas deve ser de cerca de 10 a 15 cm, com linhas de 30 a 40 cm de distância, para permitir o crescimento saudável dos bulbos. A irrigação deve ser feita de forma controlada, evitando excessos de água, que podem propiciar o aparecimento de doenças como o míldio. A adubação balanceada, com nutrientes como fósforo, potássio e nitrogênio, deve ser feita ao longo do ciclo da planta, sempre acompanhada de monitoramento constante para detectar problemas precocemente.
Colheita
A colheita da cebola é um processo delicado e deve ser realizada no momento certo para garantir a qualidade dos bulbos e evitar perdas de produtividade. O momento ideal para colher a cebola ocorre quando as folhas começam a murchar e a secar, especialmente nas variedades de ciclo longo. As folhas externas, inicialmente verdes, começam a amarelar e cair, enquanto as internas ainda permanecem firmes, indicando que o bulbo atingiu seu tamanho máximo e está pronto para ser retirado.
É importante observar o tamanho e a firmeza dos bulbos. Bulbos que atingiram um tamanho adequado, geralmente cerca de 7 a 10 centímetros de diâmetro, são ideais para a colheita. A cebola não deve ser deixada no solo por muito tempo após o amadurecimento, pois isso pode resultar em bolores ou rachaduras nos bulbos.
O ideal é monitorar frequentemente a maturação dos bulbos, fazendo uma amostragem das plantas para verificar se estão prontos para a colheita. Após a colheita, as cebolas devem ser curadas em um ambiente seco e ventilado para que a casca fique bem formada e o bulbo se conserve por mais tempo. Esse processo garante boa armazenagem e maior durabilidade do produto. Os vegetais devem ser armazenados em local fresco e seco com boa ventilação e sem luz solar direta. A temperatura ideal de armazenamento varia de 0 a 4°C.
Sobre a Ascenza
Multinacional referência nas soluções pós-patente, a Ascenza, do grupo Rovensa, atua na proteção de culturas desde 1965 com o objetivo de fornecer as melhores alternativas aos clientes, através de uma estreita relação com distribuidores, agricultores e técnicos, com a missão de ajudar a alimentar a população mundial crescente. A empresa está sempre desenvolvendo competências notáveis e inovando para apresentar as melhores soluções aos constantes desafios do mercado, com produtos de qualidade, personalizados para as diferentes lavouras. O nome Ascenza deriva da palavra latina ascendere, que significa ascender, crescer, subir, alinhado com nosso propósito de Cultivar o Futuro. Proximidade, simplicidade, agilidade e sustentabilidade são compromissos da empresa, que tem como pilares cuidar das plantas, das pessoas e do planeta. As soluções da empresa garantem uma dieta saudável e equilibrada à população mundial crescente, com respeito pelo planeta.
Por Edna De Divitiis
Não é novidade que a logística movimenta o país. Do agronegócio à indústria, do e-commerce ao varejo, o setor logístico é a espinha dorsal da economia brasileira e, por isso, vive sob os holofotes. Uma operação mal conduzida, um incidente nas estradas, um atraso não comunicado ou uma crise em portos, armazéns e centros de distribuição podem causar danos reputacionais significativos. Neste cenário, a comunicação deixa de atuar como coadjuvante e passa a ser um ativo estratégico de reputação e geração de valor.
Atualmente, o Brasil possui uma das infraestruturas logísticas mais complexas e desafiadoras do mundo. De acordo com o Panorama do Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil (IPEA, 2023), mais de 60% de toda a carga nacional ainda depende das rodovias, modal historicamente suscetível a acidentes, furtos, greves e condições climáticas adversas. No entanto, os riscos não se limitam às estradas, pois falhas em sistemas de gestão, atrasos em portos, bloqueios alfandegários e até mesmo ataques cibernéticos fazem parte do cotidiano de um segmento em constante pressão por eficiência.
Gestão de crises é mais do que protocolo, é cultura
Em um setor sujeito a eventos inesperados, ter um plano de comunicação de crise bem estruturado deixou de ser um diferencial competitivo para tornar-se uma necessidade. Mais do que reagir, trata-se de antecipar, ou seja, não se trata de elaborar comunicados quando algo dá errado, mas de estabelecer uma cultura organizacional voltada à transparência, agilidade e consistência na resposta ao público e a imprensa.
O relatório Crisis Communication in Logistics, produzido pela consultoria Logistics Bureau, revela que empresas que atuam com planos preventivos de comunicação e treinamentos de porta-vozes reduzem em até 47% o impacto negativo na percepção de marca após uma ocorrência crítica. A lógica é simples: quanto mais rápido, preciso e empático for o posicionamento público, maior a preservação da confiança e reputação.
Comunicação na cadeia logística: o que gera valor vai além da eficiência operacional
Comunicar-se bem na área logística é, sobretudo, gerenciar expectativas em tempo real. Não basta ter rastreabilidade, é preciso que essa informação chegue ao cliente de forma clara e útil. Não adianta apenas ser ágil, é preciso transmitir essa agilidade de maneira que gere percepção de valor.
Empresas que operam com excelência em gestão logística integrada, desde a armazenagem à distribuição, passando por sistemas inteligentes de gestão de frotas e análise preditiva, precisam fazer essa inteligência refletir também em sua comunicação. Uma estratégia bem conduzida posiciona a companhia como confiável, inovadora e resiliente. E isso influencia diretamente nas decisões de negócios e relacionamento com clientes e parceiros.
Comunicação como elo entre operação e reputação
A reputação de empresas da cadeia logística é moldada tanto pelos resultados operacionais quanto pela maneira como essas conquistas (ou incidentes) são comunicados. Um exemplo recente disso foi a atuação de operadores logísticos durante as enchentes no Rio Grande do Sul em 2023. Empresas que conseguiram comunicar rapidamente ajustes nas rotas, atuação humanitária e planos de continuidade saíram fortalecidas diante de clientes e da sociedade, mesmo em um cenário trágico.
É justamente nas adversidades que a comunicação estratégica mostra sua força, nesta capacidade de antecipar cenários, construir confiança e gerar valor. Por isso, em um segmento onde falhas são inevitáveis, a forma como elas são geridas e comunicadas define o impacto final. Em mercados complexos, reputação é um ativo volátil, e a comunicação é o melhor seguro.
Empresas que desejam escalar, internacionalizar ou conquistar novos mercados precisam ir além da eficiência logística: devem saber comunicar essa excelência. Em um setor onde tudo é medido em tempo, previsibilidade e segurança, a comunicação é o fator que transforma uma operação invisível em um diferencial competitivo tangível. Por isso, é hora de parar de tratar comunicação como um “apoio” e enxergá-la como parte estratégica da engrenagem que movimenta o país. Porque quando a operação falha, é a comunicação que sustenta a confiança.
Edna De Divitiis é Diretora Executiva da EPR Comunicação Corporativa, agência de comunicação pioneira na implementação da metodologia Inbound PR há mais de 30 anos atendendo empresas de diferentes portes e segmentos.
As taxas médias de juros cobradas pelos bancos voltaram a subir em março, tanto para famílias quanto para empresas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Banco Central. No crédito livre para pessoas físicas, o destaque é o aumento de 2,5% na taxa média do cartão de crédito rotativo, que chegou a impressionantes 445% ao ano.
As operações de crédito livre — modalidade em que os bancos têm autonomia para definir as taxas — continuam entre as mais caras do mercado. A taxa média de juros para famílias subiu 0,3% no mês e já acumula alta de 3% nos últimos 12 meses, alcançando 56,4% ao ano.
O cheque especial, apesar de uma queda de 8% em março, ainda registra 134,2% ao ano em juros, com alta acumulada de 6,1% no mesmo período. Desde 2020, essa linha de crédito tem juros limitados a 8% ao mês, o equivalente a 151,82% ao ano.
Para empresas, a taxa média de juros nas novas contratações de crédito livre subiu 0,8% em março e 3,5% em um ano, atingindo 24,6% ao ano. O destaque negativo ficou com o cheque especial empresarial, cuja taxa média disparou 9% no mês e chegou a 349,2% ao ano.
Os juros rotativos do cartão de crédito são aplicados quando o consumidor paga menos do que o valor total da fatura. O saldo não quitado vira um empréstimo com juros extremamente altos. Para mitigar o endividamento das famílias, o Banco Central estabeleceu desde 2017 que esse crédito só pode ser utilizado até o vencimento da fatura seguinte. Após esse período, o valor deve ser financiado em outra linha de crédito, como o parcelamento da fatura.
Os dados fazem parte das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas mensalmente pelo BC e acendem um alerta para o risco crescente de superendividamento da população brasileira.
A Polícia Federal revelou um esquema de fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que teria lesado aposentados e pensionistas com descontos indevidos em seus benefícios. A operação, deflagrada no dia 22 de abril de 2025, contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e cumpriu 211 mandados judiciais, incluindo seis prisões temporárias e sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão.
Segundo as investigações, ao menos 11 entidades são suspeitas de realizar descontos não autorizados de mensalidades associativas diretamente sobre os valores de aposentadorias e pensões. O prejuízo acumulado entre 2019 e 2024 é estimado em R$ 6,3 bilhões. Ainda não está claro o quanto desse montante foi descontado sem consentimento dos beneficiários.
Apesar das inúmeras reclamações e ações judiciais, o INSS seguiu firmando acordos de cooperação técnica (ACTs) com entidades para permitir os descontos em folha. De acordo com relatório da Polícia Federal, o instituto reconhecia a falta de capacidade para fiscalizar os acordos, mas mesmo assim continuou firmando novas parcerias.
A Controladoria-Geral da União também apontou falhas nos controles internos do INSS. Mesmo diante de um aumento de 772% nos pedidos de cancelamento entre julho de 2023 e abril de 2024, o órgão apenas suspendeu temporariamente as adesões de algumas entidades, sem uma ação mais contundente.
O caso levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a questionar formalmente por que o INSS autorizou os descontos consignados sem estrutura para fiscalizar. O TCU classificou os casos como “escabrosos” e criticou a falta de ação do órgão para revisar os acordos mais suspeitos.
Além disso, a investigação revelou que os documentos que supostamente autorizavam os descontos estavam sob guarda das próprias entidades — e muitos deles não foram encaminhados corretamente ao INSS, mesmo após solicitação.
Entre as entidades envolvidas, o relatório da PF cita o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindinapi), cujo vice-presidente é irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a Dataprev, o Sindinapi e a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) atuaram sem validar a biometria facial dos beneficiários, um requisito obrigatório para assegurar a autorização dos descontos.
A repercussão do caso levou à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e ao afastamento de servidores ligados aos acordos.
Dois dias após a operação, o INSS e a CGU anunciaram a suspensão por tempo indeterminado de todos os descontos por convênios com associações e sindicatos. A medida vale até a conclusão da análise de cada acordo.
O ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, afirmou que será elaborado um plano de ressarcimento para devolver os valores descontados indevidamente. Segundo ele, o governo precisará reorganizar completamente o sistema de descontos, com a suspensão de todos os ACTs firmados nos últimos anos.
“O governo vai ressarcir o que foi descontado irregularmente. Isso estará em um plano que será apresentado em breve”, declarou Carvalho, sem especificar prazos ou métodos.
As investigações seguem em andamento, e os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, violação de sigilo funcional, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Após um ciclo de cinco trimestres consecutivos de melhora nas margens operacionais e geração recorde de fluxo de caixa livre, o Grupo Casas Bahia anuncia mais um movimento audacioso para impulsionar o consumo e fortalecer sua posição de liderança no varejo brasileiro: a liberação de R$ 1 bilhão em crédito para os consumidores, repetindo a estratégia de sucesso realizada na última Black Friday.
A ação, que faz parte da campanha especial de Dia das Mães — tradicionalmente uma das datas mais importantes para o varejo — demonstra como a companhia está utilizando sua estrutura financeira fortalecida para democratizar o acesso a bens de consumo e intensificar sua presença tanto no ambiente físico quanto digital.
O anúncio vem na esteira dos resultados financeiros do 4T24 e de 2024, que evidenciam o momento positivo vivido pelo Grupo Casas Bahia: crescimento de 9,9% no GMV consolidado, evolução de 16,1% nas vendas de lojas físicas e aumento de 23,7% no GMV de terceiros (3P). A companhia registrou também o maior saldo histórico de sua carteira de crediário, que atingiu R$ 6,2 bilhões, crescendo 15% em relação ao ano anterior.
A inadimplência, por sua vez, apresentou melhora significativa, com índice de 8,0% no over 90 dias — reforçando a eficácia das políticas de crédito e gestão de risco da companhia.
Para o Dia das Mães de 2025, a Casas Bahia prepara uma campanha sem precedentes ao liberar R$ 1 bilhão em crédito para facilitar as compras dos consumidores em todas as regiões do Brasil, oferecer preços mais baixos que na Black Friday, reafirmando o compromisso da marca com o acesso e a competitividade, abastecendo as lojas com mais de 1,6 milhão de itens de eletroportáteis para ofertar pronta-entrega, e ainda estender o parcelamento dos produtos em até 30 vezes sem juros no Cartão Casas Bahia;
"O movimento de liberar mais R$ 1 bilhão em crédito não é apenas uma ação promocional; é a consolidação de uma estratégia financeira madura, construída com disciplina operacional e foco no cliente. Estamos preparados para atender uma demanda robusta, com liquidez sólida, menor inadimplência e a capacidade de crescer com responsabilidade", afirma Vital Leite, Diretor Executivo de Soluções Financeiras da Casas Bahia.
A combinação de condições comerciais imbatíveis, fortalecimento do crediário e evolução operacional posiciona a Casas Bahia para protagonizar novamente as grandes datas do varejo nacional, com estratégia de longo prazo baseada em acesso, inovação e eficiência.
Sobre Grupo Casas Bahia
O Grupo Casas Bahia está presente na mente, no coração e na casa dos brasileiros com o e-commerce e as lojas das marcas Casas Bahia e Pontofrio; as vendas online do Extra.com.br; as soluções financeiras do banQi; a fábrica de móveis Bartira e a plataforma logística CBfull. Em constante evolução, é a plataforma de relacionamento e consumo do brasileiro onde, quando e como ele quiser. A companhia investe seus esforços ao apresentar uma jornada de compras que coloca o cliente como seu foco principal. Para tanto, desenvolve alavancas únicas, que possibilitam a melhor experiência por meio de ofertas de produtos, serviços, soluções financeiras e logística.
Com cerca de 35 mil colaboradores, o Grupo Casas Bahia possui capital aberto na B3 desde 2013, mantendo forte atuação em mais de 500 municípios, 22 estados e no Distrito Federal. Por meio da mais digital e robusta rede logística do Brasil, conecta cerca de 1,1 mil lojas físicas, 25 centros de distribuição e hubs de entregas a cerca de 97 milhões de clientes, com o oferecimento de produtos, créditos, serviços financeiros e soluções desenvolvidas com a mais alta tecnologia.