sexta, 06 de dezembro de 2024
09/04/2008

A crise econômica Norte-Americana


Nos últimos meses temos acompanhado diariamente os acontecimentos no mercado americano e sua repercussão nos mercados mundiais. A crise foi iniciada, segundo o site da Globo.com, por uma onda de empréstimos, que acabou resultando em um alto número de mutuários inadimplentes, que, sem meios de pagar suas hipotecas, grande parte simplesmente desistiu de quitar as dívidas. A inadimplência no setor imobiliário foi resultado da abundância de recursos nos mercados, esse fator agravou ainda mais a crise, porque com isso, muitas pessoas hipotecaram suas casas para poder continuar consumindo e usando cartão de crédito.

Com perdas históricas sendo registradas ao redor do mundo no final de 2007 e no início de 2008 – segundo a agência de notícias BBC, o Citigroup, anunciou um prejuízo de US$9,83 bilhões no último trimestre de 2007, mas com perdas de US$18.1 bilhões, banco UBS com perdas de US$13.5 bilhões, Morgan Stanley com US$9.4 bilhões, entre outros. - o mercado financeiro ficou desnorteado com seguidas quedas das principais bolsas de valores do mundo. Como forma de tentar amenizar os impactos na economia americana e mundial, o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) procurou fazer consecutivos cortes na taxa de juros, que se encontrava em 5,25% há seis meses, e após o sexto corte consecutivo (último realizado no dia 18/03/2008), a taxa básica de juros da economia americana se encontra no menor patamar dos últimos anos, atingindo 2,25%. Outro fator que vem preocupando os analistas é o crescimento da inflação norte-americana, que em 2007 fechou em 4,1% ; acima do que o Federal Reserve (Banco Central Norte-Americano) considera aceitável para o país (entre 1 e 2%) . Esse aumento de preços no país gera um medo generalizado de “estagflação” (alta dos preços com uma economia em ritmo lento). De acordo com uma noticia apresentada pela agência de notícias Globo, em nota divulgada pelo Departamento de Comércio alguns dos principais fatores para a alta da inflação, estão sendo a alta do petróleo e aumento dos preços dos alimentos, decorrentes do crescimento da demanda de países como China e Índia.

Para alguns analistas, como Alan Greenspan (ex-presidente do Federal Reserve), em notícia apresentada no Portal Exame, esta crise é a pior desde a segunda guerra mundial, sendo ainda impossível prever os estragos da crise e quanto tempo ela irá perdurar. Os impactos da crise vem se alastrando para outros setores da economia, como no consumo (principal motor da economia americana, responsáveis por dois terços da economia do País) . Com a queda do consumo, a conseqüência é o aumento dos índices de desemprego devido a desaceleração do setor produtivo. Segundo o Departamento de Trabalho do Governo dos EUA, em fevereiro, 4,8% da população (cerca de 7,4 milhões de pessoas) norte-americana estava desempregada, fazendo com que os pedidos de seguro-desemprego aumentem no país, ficando em 378.000 somente em março, segundo a Agência de Estatísticas de Trabalho do país.

Outro agravante para a crise norte americana é a desvalorização contínua do dólar, impacto que prejudica o mundo de forma geral, pois afeta exportações dos países como um todo (exemplo: um exportador troca seus dólares por menos reais, diminuindo o consumo nacional, gerando um efeito dominó global), afeta a cotação de commodities como petróleo (que vem registrando consecutivos recordes de preços, chegando a fechar em 13 de março de 2008 cotado a US$110,33 o barril) . Analistas dizem que o Brasil nunca se encontrou tão bem preparado economicamente para responder a uma crise como esta que se anuncia. O país possui uma alta reserva de moeda estrangeira, está controlando bem a inflação, vem obtendo recordes consecutivos de ofertas de emprego, aumentando o consumo interno, de acordo com notícia apresentada no site de notícias a Agência Globo. O que prejudicaria não só o Brasil, mas muitos países do mundo, seria a queda no preço de commodities, pois grande parte das exportações brasileiras são de commodities como soja, minério, etc. Para alguns economistas como Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), “A demanda por investimentos e a venda de máquinas continuam firmes e isso é um retrato da confiança do investidor e demonstração de que a economia vai bem”; para o presidente do BNDES, o preço das commodities só cairia se a crise chegasse a afetar a economia asiática, mesmo assim, as cotações cairiam aos patamares do ano passado. Coutinho afirmou ainda que como a cotação do dólar não foi afetada pelas turbulências dos últimos dias, isso pode ser considerado uma “demonstração da solidez cambial no Brasil”.

Se por um lado as coisas no mundo estão um tanto agitadas, por outro, aqui na América do Sul, o Brasil vem sendo considerado um “Porto Seguro” para os investidores mundiais. Em matéria apresentada pelo jornal The Guardian, citada pelo site da agência de notícias BBC, os números brasileiros vão “de bons a espetaculares: 1,4 milhão de empregos criados todos os anos; mais de US$ 100 bilhões em reservas (que excedem a dívida externa e tornam o Brasil credor internacional); 4,7% de inflação, o que é ‘manso’ pelos padrões brasileiros; 4% de crescimento econômico, e uma ligeira aproximação na diferença com a China. Ah, e no ano passado o mercado de ações cresceu em 60%” ; mostrando assim, que o Brasil vem despertando mais o interesse e a confiança dos investidores mundiais. Citando novamente o The Guardian, “Analistas concordam que a forte demanda doméstica, a estabilidade financeira e exportações bem distribuídas internacionalmente oferecem alguma proteção contra o desaquecimento americano. Quando o mundo pega uma gripe, o Brasil não mais pega uma pneumonia” . Outra prova de que os fundamentos econômicos brasileiros estão mais fortes, foi a compra de R$ por parte da companhia Berkshire Hathaway, companhia do mega-investidor e atual homem mais rico do mundo Warren Buffet, que nos últimos seis anos comprou a moeda brasileira, apostando na valorização do Real contra o dólar americano e recentemente anunciou um lucro de US$4 bilhões. Em anúncio feito pela Berkshire Hathaway, Buffet disse “Só tínhamos uma posição cambial em 2007. Ela era – segurem a respiração – em Reais Brasileiros.”; termina citando que “os brasileiros que compraram dólares para se proteger perderam metade de sua renda líquida nos últimos cinco anos”.

O que torna a crise cada vez mais difícil de ser administrada, primeiramente é a falta de confiança no mercado, a falta de liquidez apresentada pelos bancos, além da “pulverização” dos títulos, que foram divididos entre muitas instituições financeiras, dificultando a contabilização dos “problemas”. Segundo uma notícia apresentada no site Info Money, analistas da First Trust Advisors, afirmam que as medidas tomadas pelo Federal Reserve de diminuir a taxa básica de juros e deixar a possibilidade para mais cortes, foram contraproducentes e equivocadas. Para os analistas, essas medidas “criaram um incentivo aos consumidores e empreendedores a adiar o consumo e investimentos. Além disso, as medidas foram responsáveis pela queda dos ganhos dos bancos, devido à redução das taxas de empréstimo” , e analistas dizem que essas medidas também vem jogando a cotação do Dólar para baixo, principalmente porque muitos investidores vem se livrando da moeda, diminuindo ainda mais sua cotação, recentemente a cotação chegou ao seu patamar mais baixo, menos que um franco suiço . Para a Consultoria Tendências o principal imbróglio da crise nos EUA hoje é o circulo vicioso que atualmente se encontra no mercado financeiro. A consultoria ainda afirma no site Infomoney que, a falta de liquidez derruba o preço dos títulos, afetando o balanço dos intermediários bancários. Com essa queda, a percepção de risco aumenta e faz com que haja uma diminuição ainda maior na liquidez” . Segundo analistas o principal caminho para a resolução da crise seria colocar crédito nos setores em que isso se mostra necessário, em outro lado, analistas do Banco de Investimentos Merryl Linch dizem que “a solução está na ação conjunta da autoridade monetária com o governo, que deve intervir de forma mais incisiva, como fez na década de 1990” (em menção ao que foi feito com os resgates de países em crise, como Coréia do Sul e Indonésia).

O que deixa a crise com um tamanho ainda maior é a dificuldade dos analistas em prever o seu tamanho. Há quem diga que o pior já passou, e de outro lado, há quem diga que os efeitos serão sentidos nos próximos meses e anos, deixando ainda mas assustador o quadro atual da economia global. Porém, uma coisa é certa, os anos de crédito fácil e recursos abundantes com certeza acabarão, sendo esta uma lição para os bancos, que concediam créditos financeiros sem garantias de pagamento. Período esse iniciado nos tempos de Alan Greenspan na presidência do Federal Reserve, hoje há quem diga que Greenspan é o principal culpado pelo crescimento da bolha imobiliária dos EUA e da bolha da internet. Um livro recente, chamado “Greenspan’s bubbles – The age of Ignorance at the Federal Reserve” de William Fleckenstein, dono de uma gestora de recursos em Seattle, nos EUA, traz inúmeros motivos para tal afirmação, como a manutenção de políticas de juros baixos, fazendo com que os investidores migrassem da renda fixa para o mercado acionário, a falta de controle por parte do Federal Reserve em controlar as inovações financeiras, o que favoreceu a multiplicação dos empréstimos imobiliários de alto risco (subprime) e resultou na crise atual.

Recentemente o Secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, propôs uma nova reforma no sistema financeiro norte-americano (que foi reformado pela última vez após a crise de 1929), esse plano daria mais poder ao Federal Reserve para atuar como “protetor” do sistema financeiro, e deixaria a supervisão bancária diária a cargo de uma única agência, ao contrário das 5 que o fazem hoje em dia. Porém, segundo Paulson, essas medidas só poderiam entrar em vigor após a crise, e após um intenso debate no congresso, deixando a cargo ao próximo presidente a decisão da reestruturação financeira.
O plano de reestruturação financeira consiste em uma reorganização do sistema financeiro norte-americano em três tipos de medidas, de curto, médio e longo prazo. No curto prazo é esperado que o papel do grupo de trabalho financeiro da Casa Branca seja modernizado e que o mesmo passe a tomar conta de temas como proteção de investidores e consumidores, o que hoje é considerado um risco ao sistema; além disso, é esperada a criação de uma comissão de vigilância dos créditos hipotecários que ficaria encarregado de conceder licenças às empresas que concedem empréstimos desse tipo, além disso, a comissão seria encarregada de supervisionar o sistema de hipotecas do país. No médio prazo é esperada a fusão da Comissão de Valores e Bolsa (SEC na sigla em inglês), reguladora dos mercados financeiros e da Commodity Futures Trading Commission (CFTC na sigla em inglês) que regula os mercados de matérias primas; além disso é prevista a dissolução do departamento de Supervisão de Poupanças (supervisora do dos empréstimos e depósitos das caixas de poupança), além dos poderes outorgados ao Federal Reserve e do fortalecimento das normas para o setor de seguros, que atualmente se encontra nas mãos dos estados. No longo prazo foi proposta a criação de uma estrutura reguladora nova, com a formação de novos organismos, eliminando a superposições de funções e preenchendo os vácuos da legislação atual. O projeto prevê criar ainda uma agência de supervisão dos organismos que dispõem de uma garantia pública e uma agência encarregada da proteção de consumidores e investidores; aumentar ainda mais o poder que será dado ao Federal Reserve em relação ao sistema financeiro, incluindo bancos de investimentos, companhias de seguros e fundos de investimentos de risco (Hedge Funds), com isso, o Banco Central norte-americano poderia investigar e impor sanções caso a estabilidade do sistema financeira estiver ameaçada.

No dia 02/04/08, o presidente do Fed, Bem Bernanke, em notícia divulgada pela Agência Estado, falou pela primeira vez que existe a possibilidade de um pequeno recuo no crescimento da economia dos EUA – se a taxa de crescimento ficar negativa por dois trimestres seguidos, é considerado que o país esteja em recessão, e no dia 4 de abril de 2008, a imprensa divulgou uma notícia de que o desemprego nos EUA atingiu o índice mais alto dos últimos anos, atingindo 5,1% da população (dados divulgados pela Agência Estado); que nos levam a crer que tudo caminha para uma recessão dos EUA. Em notícia apresentada no site da agência de notícias Globo, o ex-presidente do Federal Reserve, Alan Greenspan, defende que o centro da crise está na irresponsabilidade dos investidores, enquanto pessoas vinham acusando o ex-chairman do banco de ser o culpado pela crise por manter uma política de juros baixos, o que incentivaria o consumo cada vez mais.

Cabe a nós somente analisar os fatos e esperar para que essa crise não afete o Brasil do mesmo modo que vem afetando a economia global. Torcendo para que a economia real não seja afetada e que mais falências não ocorram (recentemente o caso do quinto maior banco de investimentos norte-americano, o Bear Sterns, que foi comprado pelo JP Morgan e teve ajuda do Federal Reserve, para impedir que o sistema entrasse numa crise ainda mais grave). Esperamos ainda que o sistema financeiro mundial não seja mais “agredido”, e que não traga mais prejuízos às frágeis economias emergentes que necessitam do crédito para continuar sua expansão, além de diminuir o risco moral do mercado financeiro, fazendo com que essa facilidade ao crédito seja diminuída. O mundo pagou pelos devaneios dos investidores e de políticas de acesso fácil ao crédito, só nos resta aguardar para saber o tamanho real dessa crise que ronda a maior potência mundial e esperar que ela seja administrada de forma eficiente para que os efeitos não sejam ainda maiores ao redor do mundo.


Safra da esperança

Por José Zeferino Pedrozo
Além da importância para a segurança alimentar do País, o setor primário em geral e a agricultura em particular têm uma capacidade extraordinária de gerar respostas econômicas. Por isso, importantes lideranças nacionais vêm defendendo uma estratégia de Estado – e não apenas de governo – para o agronegócio brasileiro, como a saída mais rápida e mais viável da crise em que se meteu o Brasil.

Ex-tarifário e seus benefícios

Por Milton Lourenço
– Não há dúvida que a falta de confiança no governo Dilma Roussef, causada por incertezas relacionadas à área fiscal, foi o principal fator que levou a economia brasileira para baixo. Agora, com a retomada da confiança pelos investidores após o seu afastamento, já se desenha no horizonte um processo de recuperação pelo qual o País deverá passar nos próximos anos.

Sem pacificação não vamos a lugar nenhum

Por José Zeferino Pedrozo
O recém-encerrado processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff, agora em caráter permanente, exige uma avaliação isenta e escoimada de apegos ideológicos. De um lado, é necessário reconhecer que as instituições republicanas revelaram-se suficientemente fortes e maduras para cumprir rigorosamente os preceitos constitucionais e o rito definido pelo Superior Tribunal Federal.

O fim do TTIP e o Brasil

Por Milton Lourenço
Por enquanto, o Brasil pode respirar aliviado não só pelo fim definitivo do ciclo que marcou a permanência do lulopetismo no poder e as graves consequências que redundou na economia do País como também pelo fracasso das negociações entre Estados Unidos (EUA) e União Europeia (UE) para a formação do Transatlantic Trade and Investiment Partnership (TTIP), ou apenas Parceria Transatlântica, que, se formalizado, iria abarcar, mesmo sem a China, mais de 75% do comércio de bens do planeta.

Gestão e infraestrutura

Por Mário Lanznaster
Existem muitas coisas que os agentes econômicos em geral e os empresários em particular estão tendo cada dia mais dificuldade em tolerar. Uma delas é a crônica má gestão que impregna todo o setor público, incluindo a administração indireta e as empresas de economia mista, e que se revela pelo desperdício de dinheiro público, pela corrupção e pela ineficiência generalizada.

Quando as pessoas colocam os processos empresariais em risco

Por Outros
“A confiança em si mesmo é o primeiro segredo do sucesso. O segundo é poder confiar em quem trabalha com você.”

O que há por trás da crise no Mercosul

Por Milton Lourenço
Um balanço sobre os prejuízos causados à Nação pelo ciclo de 13 anos, três meses e 24 dias de lulopetismo ainda está para ser feito e só será completado, provavelmente, quando as suas principais figuras já estiverem apenas nos livros de História, mas, desde já, não custa assinalar algumas das decisões erráticas que marcaram seus três governos e meio. Uma delas foi o apoio à entrada da Venezuela no Mercosul em 2012, decisão eminentemente política, pois o Brasil à época já havia assinado um acordo com os venezuelanos que garantia as mesmas tarifas do bloco, o que pouco afetaria a relação comercial entre os dois países.

Crédito rural e sua importância como política pública para o Brasil

Por Mário Lanznaster
Nas Nações evoluídas, a agricultura e o agronegócio são considerados áreas essenciais que merecem apoio e proteção especial do Estado, tendo o crédito rural subsidiado como uma das mais eficientes políticas de apoio. Nos últimos tempos, esse tema tem sido objeto de grande preocupação para o agronegócio brasileiro. A crise econômica impactou fortemente na disponibilidade de recursos. De um lado, houve redução de disponibilidade de recursos pelas instituições financeiras, em razão da queda da poupança e dos depósitos à vista que, somado à elevação dos juros (necessário para melhor equação dos gastos públicos com os subsídios), encareceu o financiamento da produção.

Quando as pessoas colocam os processos empresariais em risco

Por Daniel Gobbi Costa
“A confiança em si mesmo é o primeiro segredo do sucesso. O segundo é poder confiar em quem trabalha com você.”

Uma saída para o Brasil

Por Milton Lourenço
Entre os 15 maiores exportadores, 14 têm suas pautas de exportação concentradas em produtos manufaturados. O Brasil não está incluído nesse seleto grupo, ocupando apenas a 25ª colocação no ranking de 2015 elaborado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), embora tenha o 9º Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, o que mostra que teria tudo para estar entre os 15 maiores. O fato triste nessa constatação é que, até o final de 2016, de acordo com os resultados do primeiro semestre, o País deverá cair para a 29ª colocação.

Porto de Santos em crescimento

Por Milton Lourenço
O relatório anual que a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), criada em 1948 pelo Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU), mostra que o porto de Santos continuou a ocupar em 2015 o primeiro lugar na movimentação de contêineres no continente, com 3,6 milhões de TEUs, o que representou um crescimento de 2,1% em relação a 2014 (3,5 milhões de TEUs). Segundo a Cepal, nos 120 portos da região analisados, a atividade cresceu 1,7%, com um volume aproximado de 48 milhões de TEUs.

Choque de realidade e choque de gestão

Por Mário Lanznaster
Toda crise, por mais pavorosa que seja sua origem e por mais graves que sejam seus efeitos, tem um aspecto positivo. A presente crise política, ética e econômica que se abateu sobre a Nação brasileira pode ter um resultado positivo se revestirmos nossas avaliações com a visão independente, a sensatez do raciocínio lógico e a capacidade de interpretação dos fenômenos subjacentes.

Comércio exterior: nem tudo está perdido

Por Milton Lourenço
Em 2015, o valor total das exportações agrícolas no mundo alcançou um número sem precedentes: 81,3 bilhões de euros. Como mostram dados da Statistics Netherlands (CBS), o primeiro lugar de maior exportador de produtos agrícolas ficou com os Estados Unidos, o segundo lugar com a Holanda, seguida pela Alemanha, Brasil e França. Esses dados só reforçam as boas perspectivas que se avizinham para o setor.

A má gestão, a crise do milho e a vida dos brasileiros

Por Mário Lanznaster
Uma gestão eficiente ou, apenas, uma gestão racional, é pré-requisito para que tudo – na vida privada, na vida empresarial, na vida pública – funcione com razoável eficiência. Dizer isso parece uma verdade trivial, mas, indagam os contribuintes brasileiros, por que muitas estruturas estatais não agem guiadas por esse princípio básico?

OMC: mudança de orientação

Por Milton Lourenço
Embora um pouco desacreditada em razão da assinatura de vários acordos regionais nos últimos tempos, a Organização Mundial do Comércio (OMC), com sede em Genebra, ainda se mantém como um foro de excelência do multilateralismo comercial. Tanto que seus membros representam mais de 98% do comércio mundial e a entidade tem cumprido um papel importante pelo menos quando chamada a dirimir controvérsias no comércio entre países.

Comércio exterior: começar de novo

Por Milton Lourenço
Se o novo presidente quiser mostrar serviço, em vez de extinguir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), passando suas atribuições ao Ministério das Relações Exteriores, como já foi cogitado - a pretexto de eliminar órgãos e cargos desnecessários - deve começar por acabar com a função de assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais. É de se lembrar que foi exatamente a atuação desse tipo de assessor que, nos últimos treze anos, levou o nosso comércio exterior à situação crítica de hoje.

A "Hidra" dos bancos

Por Miguel Nozar
Bem, essa terrível imagem da Hidra (monstro mitológico assustador com várias cabeças de serpente e que nasciam duas no lugar quando uma era cortada) se aproxima muito de um fiel retrato do sistema financeiro global: apenas 28 bancos detém, juntos, 90% dos ativos disponíveis entre mais de 100.000 instituições existentes. Ou seja, abraçam uns 60 trilhões de dólares – trilhões mesmo -, o equivalente a 75% de toda a riqueza produzida no mundo, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. Uma brutalidade!

A importância da CISG e da arbitragem para o transporte marítimo e a atividade portuária

Por Osvaldo Agripino de Castro Jr.
Em 2013, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), cerca de 90% das importações do Brasil em toneladas ocorreram por via marítima, enquanto na exportação foram 98% ¹. Esse modal, portanto, demanda intensa atividade portuária, com diversas possibilidades de avarias marítimas e portuárias, assim como intervenção estatal, em face do controle aduaneiro e da regulação dos diversos órgãos intervenientes.

A história do capitalismo brasileiro

Composto pelas histórias pessoais e empresarias de cinquenta e um empreendedores em atividade entre os anos de 1962 e 2013, o livro "Empresários Brasileiros" ajuda a compreender a construção do capitalismo no Brasil.

Comércio exterior em recuperação

Por Milton Lourenço
Independentemente de quem venha a assumir o governo, com o possível impedimento da atual mandatária, prevê-se desde logo uma reação da economia, já que ficará definitivamente banida a mentalidade tacanha que fez o País mergulhar nessa que já é considerada a pior recessão desde a crise de 1929.

Basta de cinismo e deboche!

Por Marcos Antonio Zordan
O maior e mais deletério efeito dessa conjugação de crises política, econômica e moral que assola o Brasil é o surgimento de um sentimento amargo que cala fundo no coração de todos os brasileiros: a descrença no regime democrático.

Futuro passa por novos acordos

Por Milton Lourenço
Futuro passa por novos acordos

Mercosul: balanço de 25 anos

Por Milton Lourenço
O Mercosul, criado a 26 de março de 1991, chega à marca dos 25 anos, senão como uma iniciativa coroada de êxito, pelo menos como um empreendimento que alcançou mais pontos positivos que negativos. Reunindo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, países fundadores, e Venezuela, que completou seu processo de adesão em 2012, o bloco constitui, sem dúvida, a mais abrangente iniciativa de integração regional já implementada na América Latina.

Insensibilidade do poder público

Por Milton Lourenço
Causa estranheza a insensibilidade como o poder público vem tratando a questão dos terminais que operam granéis sólidos de origem vegetal no Corredor de Exportação do Porto de Santos. Como se sabe, a prefeitura santista alterou a Lei de Uso de Ocupação do Solo para impedir a atividade na área da Ponta da Praia, sugerindo que os terminais sejam transferidos para a área continental do município, pouco povoada, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminar suspendendo a lei municipal que proíbe as operações.

Os caminhos da reindustrialização

Por Milton Lourenço
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a indústria de transformação só tem apresentado declínio nos últimos 35 anos, chegando hoje a um ponto crítico que, se não for revertido logo, poderá comprometer o futuro do País, devolvendo-o à condição de fornecedor de matérias-primas, como nos séculos XVIII e XIX.

Porto de Santos: 124 anos

Por Milton Lourenço
No dia 2 de fevereiro, completaram-se 124 anos da criação do porto de Santos, embora a primeira presença de navios na barra e no canal do estuário da antiga vila seja hoje informação perdida no tempo. Comemora-se essa data porque foi em 1892 que atracou o vapor Nasmyth, da armadora inglesa Lamport & Holt,no primeiro trecho de cais com 260 metros lineares construído no lugar dos velhos trapiches no local então conhecido como Porto do Bispo, na região onde hoje se localiza o Centro da cidade.

A quem interessa

Por Miguel Nozar
A queda aparentemente sem freio da economia brasileira é alegremente festejada nos subterrâneos de Wall Street, em Nova York, e da City, de Londres, antecipando uma festança animada pela queda de valor dos ativos brasileiros, propiciando sua compra a “preços de banana”, na expressão burlona de um executivo londrino do ICAP GROUP. líder mundial do setor de transações e investimentos internacionais.

Davos 2016

Por Miguel Nozar
Davos, a famosa estação de esqui da Suíça foi, uma vez mais, palco do Fórum Econômico Mundial, reunindo quase 3.000 figuras exponenciais dos negócios, das finanças, dos governos e de entidades chaves na condução das atividades que fazem a riqueza (e as tribulações) de nossa civilização nesse princípio de Século XXI.

Insegurança: até quando?

Por Milton Lourenço
O incêndio que atingiu, no dia 14 de janeiro, 20 contêineres refrigerados que armazenavam produtos químicos no pátio alfandegado da Localfrio, na margem esquerda do porto de Santos, em Guarujá, não alcançou as proporções daquele que ocorreu na margem direita, no Distrito Industrial da Alemoa, em abril de 2015, mas serviu para deixar mais uma vez à mostra a flagrante falta de infraestrutura do País em quase todos os segmentos. Se um incêndio de pequenas proporções provocou tantos transtornos, é de se imaginar o que ocorreria num acidente de grandes proporções.

Poucos com muito

Por Miguel Nozar
Em recente relatório divulgado previamente à reunião de Davos16, a Oxfam, organização líder mundial na sistematização e análise de informações sobre distribuição da riqueza globalizada e que assessora a ONU sobre o tema, publica dados que revelam claramente que vivemos num mundo profundamente desigual, donde apenas 1% da população mundial acumula 99% da riqueza planetária.

O porto de Santos e seus recordes

Por Milton Lourenço
Apesar da crise global e das consequências de uma orientação equivocada que, a partir de 2003, passou a misturar política com comércio exterior, prejudicando a colocação de produtos manufaturados nos EUA, o maior mercado do planeta, o porto de Santos continua a bater recordes: em 12 anos, praticamente, dobrou sua movimentação de cargas, em função da exportação de commodities, especialmente soja (grãos e farelo), açúcar, milho, álcool e café em grãos. Se não tivesse havido tamanha retração nas vendas de manufaturados e o parque industrial brasileiro continuasse a produzir em ritmo crescente ou ao menos nos níveis anteriores, o País hoje não estaria mergulhado em recessão. Pelo contrário. Seria um oásis que atrairia investimentos do mundo inteiro.

Comércio exterior: nova política

Por Milton Lourenço
Se o Brasil hoje detém menos de 1% de participação no comércio mundial, depois de ter alcançado 1,41% em 2011, culpa cabe à política equivocada que o seu governo adotou a partir de 2003, quando o Ministério das Relações Exteriores perdeu completamente sua autonomia, passando a responder à Assessoria Especial da Presidência da República. Segundo aquela orientação ideológica e partidária, os Estados Unidos seriam o grande satã do planeta e o País deveria lutar para deixar de ser dependente de sua economia, idéia que levou Brasil e Argentina a boicotarem deliberadamente as negociações para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

O grande desafio: a dívida

Por Miguel Nozar
No andar desvairado desse tempo louco, pleno de incertezas, de presságios calamitosos e de visões apocalípticas, nada mais oportuno que lembrar alguns ensinamentos colhidos da experiência de lideres que souberam afrontar a borrasca e manter o rumo na direção de um desenvolvimento contínuo, sustentável e decisivo para manter viva a esperança de um futuro cada vez melhor.

O que esperar de 2016

Por Milton Lourenço
Segundo projeções da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), o País, que em 2011 detinha 1,41% das exportações mundiais, em 2016, deverá contentar-se com 0,98% de tudo o que se vende no planeta, seguindo a tendência negativa que tem marcado os últimos anos: em 2012, essa participação caiu para 1,33%; em 2013, para 1,32%; em 2014, para 1,19%; e em 2015, para 1%. Mais: depois de ocupar em 2013 a 22ª posição no ranking mundial de exportação, o Brasil deverá cair para a 29ª colocação em 2016, depois de ter ficado na 25ª em 2014 e 2015.

Faesc preocupada com importação de frutas da China

Por José Zeferino Pedrozo
A cadeia produtiva da fruticultura catarinense está preocupada com a possibilidade de ingresso da maçã chinesa no mercado brasileiro. A questão é fitossanitária e mercadológica: a China convive com pragas que já foram erradicadas no Brasil e pratica preços muito baixos porque mantém subsídios ao produtor – o que é condenado pela Organização Mundial do Comércio.

Porto sem papel e comunicação

Por Milton Lourenço
Nos últimos dias de 2015 e início de 2016, o porto de Santos viveu o pior dos mundos, situação que só não foi mais grave porque o País estava entregue às comemorações da passagem do ano. E também porque não estavam programadas atracações de navios de cruzeiro. Durante aqueles dias, o porto passou pelo menos 48 horas sem comunicação com os programas Porto Sem Papel, Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e Datavisa, gerenciados respectivamente pela Secretaria de Portos (SEP), Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

LA PAUTA ESQUECIDA

Por Miguel Nozar
Em seminário prévio à Reunião de Cúpula do MERCOSUL, realizada no final de dezembro, o ex-presidente do Uruguai, José Mújica, fez referencia à lentidão do processo de integração e a falta e consenso entre os sócios, especialmente Argentina e Brasil, destacando de modo incisivo: “A tragédia é que sacrificamos o porvir de nossos povos no altar de egos e interesses menores. Os dirigentes e os políticos da região serão julgados pela Historia pelos danos que trouxeram à causa comum de um maior e mais justo progresso das nações do bloco”.

Faesc prevê dificuldades no abastecimento de milho no primeiro semestre

Por José Zeferino Pedrozo
Será complicado o abastecimento de milho para as cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura industrial em Santa Catarina no primeiro semestre deste ano: o grão está caro e escasso, portanto, com preço em ascensão. A avaliação é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo. A situação somente irá melhorar no segundo semestre, com a entrada da safrinha.

Entre o otimismo exagerado e o pessimismo exacerbado

Por Mário Lanznaster
Conquistar novos mercados para produtos brasileiros é essencial para fortalecer nossa presença no comércio internacional. Isso é positivo e deve ser comemorado – na medida certa. Nos últimos anos, os anúncios de conquista de novos mercados para a carne brasileira vêm revestidos de um exagerado otimismo, cujo efeito é a geração de expectativas desconectadas da realidade econômica e mercadológica e, por via de consequência, a frustração de vários agentes da cadeia produtiva.

A eterna equação do milho

Por José Zeferino Pedrozo
Santa Catarina possui o mais avançado parque agroindustrial do Brasil, representado pelas avançadas cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura. Essa fabulosa estrutura gera uma riqueza econômica de mais de 1 bilhão de aves e 12 milhões de suínos por ano, sustenta mais de 150 mil empregos diretos e indiretos e gera bilhões de reais em movimento econômico.

O GRANDE DESAFIO

Por Miguel Nozar
A Conferencia Mundial do Clima, COP 21, realizada em Paris sob os auspícios das Nações Unidas – que tem liderado a luta para incentivar os países a implementar medidas urgentes para combater o aquecimento global – finalizou com um acordo histórico que, para muitos cientistas pode significar um ponto de inflexão na desvairada corrida na “construção de um mundo sujo” alheio aos danos causados à Mãe Natureza e nos limites ecológicos do Planeta.

Mercosul e neocolonialismo

Por Milton Lourenço
Quem conhece minimamente História sabe das consequências do Tratado de Methuen para Portugal e Brasil. Também conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos, esse acordo entre Inglaterra e Portugal, que vigorou de 1703 a 1836 e levou esse nome em homenagem ao negociador pelo lado inglês, o diplomata John Methuen (1650-1706), envolvia a troca entre produtos têxteis ingleses e vinhos portugueses.

O grande Desafio

Por Miguel Nozar
A Conferencia Mundial do Clima, COP 21, realizada em Paris sob os auspícios das Nações Unidas – que tem liderado a luta para incentivar os países a implementar medidas urgentes para combater o aquecimento global – finalizou com um acordo histórico que, para muitos cientistas pode significar um ponto de inflexão na desvairada corrida na “construção de um mundo sujo” alheio aos danos causados à Mãe Natureza e nos limites ecológicos do Planeta.

UMA LUTA DE TODOS

Por Miguel Nozar
A Conferencia Mundial do Clima, COP-21, realizada em Paris no início de Dezembro, com a presença de 195 países mais a EU, desde já considerada o mais importante encontro global na tentativa de encontrar um consenso para um compromisso entre todas as nações com o objetivo de manter o aumento da temperatura média da Terra, até o fim do Século, dentro de limites que permitam a continuidade de nossa civilização.

OS GEMIDOS DA TERRA

Por Miguel Nozar
Ainda que para muitos possa parecer exagerado – nesse grupo tem destaque muito especial aqueles aferrados ao sistema vigente de produção de riqueza, independente dos danos causados a Natureza – as evidencias científicas e as projeções realizadas pelos melhores especialistas do mundo, não deixam dúvidas de que a mudança climática é o suficiente real e perigosa como para sacudir, de modo catastrófico, as bases de nossa civilização.

O Brasil, a Argentina e o mundo

Por Milton Lourenço
A eleição de Maurício Macri para a presidência da Argentina tem tudo para reverter o rumo equivocado que o Mercosul tomou nos últimos doze anos, quando, em vez de funcionar como uma efetiva união aduaneira, transformou-se em fórum de debates políticos e inconsequentes. Desde logo, o presidente argentino anunciou que pretende, ao lado do Brasil, levar o Mercosul a procurar uma aproximação não só com a Aliança do Pacífico, mas com os EUA e a União Europeia (UE), “para tirar a Argentina da situação de isolamento em que se encontra”.

Para colocar o Brasil nos eixos

Por Milton Lourenço
Foi em 2011 que o Brasil conseguiu atingir a marca de 1,41% de participação nas exportações mundiais, o seu melhor resultado em 50 anos, mas, desde então, esse índice só tem caído, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em 2012, a marca foi para 1,33%, em 2013 para 1,32%, índice igual ao de 2008, em 2014 para 1,22% e em 2015 projeta-se que deve ficar em torno de 1,15%.

A crise e a falta de bom senso

Por Milton Lourenço
De 2000 para 2014 as exportações mundiais saltaram de US$ 6 trilhões para US$ 22 trilhões e o Brasil acompanhou essa tendência quadruplicando suas vendas para o mercado externo, que passaram de US$ 55 bilhões para US$ 225 bilhões. Pode parecer muito, mas esse crescimento poderia ter sido maior, tivesse tido o País administradores públicos mais responsáveis, que promovessem investimentos em infraestrutura superiores aos 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da última década.

CORAGEM PARA MUDAR

Por Miguel Nozar
Resulta por demais evidentes que nos encontramos numa época sem precedentes nos tempos modernos, demarcada por uma conjugação de tendências conflitantes que, tudo parece assim indicar, devem ser os primeiros sinais de uma mudança profunda no relacionamento entre as os povos, as pessoas e as nações e, destes, com o Planeta Terra.

Para onde vai a China?

Por Milton Lourenço
Quem vive o dia-a-dia do comércio exterior sabe que, depois de 35 anos de êxitos econômicos, a China deparou-se em 2009 com uma recessão mundial e teve de abandonar a antiga política de exportar maciçamente produtos de baixa qualidade, substituindo-a por outra de alto valor agregado com base em tecnologia de ponta. Como isso exige cérebros mais desenvolvidos, o governo chinês tem investido muito em educação para formar grandes contingentes de mão-de-obra especializada.
Autor:

Renan Schaefer Andrade

O autor é graduando em Comércio Exterior

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